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As 10 cidades com melhor qualidade de vida no Brasil em 2025

Estudo divulgado nesta quinta-feira, 29, aponta Gavião Peixoto (SP) como o município com melhor qualidade de vida do país, à frente de Gabriel Monteiro (SP) e Jundiaí (SP)

Melhor qualidade de vida: cidades do interior de São Paulo dominam o ranking (Divulgação / Governo Gavião Peixoto)

Melhor qualidade de vida: cidades do interior de São Paulo dominam o ranking (Divulgação / Governo Gavião Peixoto)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 30 de maio de 2025 às 08h02.

Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, lidera o ranking das cidades com a melhor qualidade de vida do Brasil em 2025, com nota de 73,26, segundo o novo Índice de Progresso Social Brasil, o IPS Brasil, divulgado na quinta-feira, 29.

O levantamento, que avalia 5.570 municípios brasileiros, destaca também as cidades Gabriel Monteiro (SP), Jundiaí (SP), Águas de São Pedro (SP) e Nova Lima (MG) entre as dez melhores do país.

A maioria das cidades com melhor qualidade de vida está no Sudeste e Sul, em municípios que, juntos, concentram parte significativa do PIB brasileiro.

O estudo considera três dimensões fundamentais: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades.

A média nacional foi de 61,96 pontos[/grifar], com destaque para as necessidades básicas (74,79) e o pior desempenho nas oportunidades (46,07). Os dados mostram uma leve melhora em relação ao levantamento de 2024, quando a média foi 61,33.

As dez cidades com as maiores notas no IPS Brasil 2025 são:

  1. Gavião Peixoto (SP) – 73,26
  2. Gabriel Monteiro (SP) – 71,29
  3. Jundiaí (SP) – 70,70
  4. Águas de São Pedro (SP) – 70,51
  5. Cândido Rodrigues (SP) – 70,07
  6. Presidente Lucena (RS) – 70,01
  7. Luzerna (SC) – 70,00
  8. Pompéia (SP) – 69,90
  9. Nova Lima (MG) – 69,91
  10. Itupeva (SP) – 69,80

Desigualdade regional

O IPS Brasil divide os municípios em nove grupos, que refletem diferentes níveis de qualidade de vida e desenvolvimento social.

O estudo mostra que com os grupos menor qualidade de vida concentram municípios de grandes extensões territoriais e baixa densidade populacional[/grifar], sobretudo na Amazônia Legal.

Segundo o levantamento, os municípios com piores índices apresentam desafios históricos de acesso a serviços básicos e oportunidades, especialmente no Norte e Nordeste.

As cidades do Sudeste e Sul, com melhor resultado, destacam-se pela alta concentração populacional, infraestrutura e melhor desempenho social e econômico.

No ranking estadual, o Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina apresentam as melhores médias, enquanto Acre, Maranhão e Pará enfrentam os piores indicadores.

Grupo 1 (azul escuro): 358 municípios, média IPS 67,56. Abrigam 30,4% da população e respondem por 42,8% do PIB, ocupando apenas 1,8% do território nacional. Destacam-se cidades como Gavião Peixoto (SP), que lidera o ranking, além de outras capitais e municípios de destaque com população inferior a 10 mil habitantes.

Grupo 2 (azul médio): 722 municípios, média IPS 64,07. Abrigam 18,3% da população e respondem por 19,3% do PIB, em 4,5% do território. Inclui capitais importantes como Manaus (AM), Fortaleza (CE) e São Luís (MA), além de municípios com mais de 100 mil habitantes.

Grupo 3 (azul claro): 839 municípios, média IPS 61,88. Abrigam 14,1% da população, 12,5% do PIB e 6,6% do território. Contempla capitais como Belém (PA), Maceió (AL), Rio Branco (AC) e Salvador (BA).

Esses três grupos juntos correspondem a 34% dos municípios, abrigando 63% da população e gerando 74,7% do PIB.

Grupos 4 a 6 (amarelos e laranjas): somam 2.666 municípios, com IPS médio entre 55,78 e 59,81. Abrigam 28% da população, ocupam 32% do território e respondem por 20,7% do PIB. Destacam-se Macapá (AP) e Porto Velho (RO) no grupo 5.

Grupos 7 a 9 (vermelhos): totalizam 1.035 municípios, ocupam 55% do território, abrigam apenas 9% da população e respondem por 4,6% do PIB. O grupo 9, com pior desempenho (IPS 46,23), reúne 95 municípios. Estes incluem cidades do Norte e Nordeste, onde desafios de desenvolvimento social e econômico são mais acentuados.

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