Agência de notícias
Publicado em 18 de junho de 2024 às 12h10.
Última atualização em 18 de junho de 2024 às 12h20.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia do Banco Central (BC) poucas horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter atacado o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira. Lira citou a autonomia do BC como uma das medidas apoiadas pela Câmara, em sua gestão, para "impedir retrocessos".
Mais cedo, Lula afirmou que o comportamento da instituição é a única coisa "desajustada" na economia do país. E comparou Campos Neto ao ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR), que foi o responsável por condená-lo na Lava-Jato. Segundo o petista, Campos Neto tem "lado político" e não demonstra "capacidade de autonomia".
Sem citar Lula ou Campos Neto, Lira se posicionou.
"A Câmara tem apoiado reformas econômicas e impedido retrocessos. A autonomia do Banco Central, às vésperas do Copom, aumentou a credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal", disse Lira durante o evento CNN Talks.
Lula chegou a dizer que o Banco Central "trabalha muito mais para prejudicar o país".
"Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil nesse instante, é o comportamento do Banco Central, essa é uma coisa desajustada. Um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que na minha opinião trabalha muito mais para prejudicar o país do que ajudar, porque não tem explicação a taxa de juro do jeito que está", afirmou o presidente em entrevista à CBN.