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Arruda diz que mensalão do DEM nunca existiu

O ex-governador deu a declaração um dia depois de ter uma condenação por improbidade administrativa confirmada pelo Tribunal de Justiça


	José Roberto Arruda: ele chegou a ser preso na época do escândalo
 (Wilson Dias/ABr)

José Roberto Arruda: ele chegou a ser preso na época do escândalo (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 13h51.

Brasília - Um dia depois de ter uma condenação por improbidade administrativa confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJ), o ex-governador José Roberto Arruda (PR) afirmou que a decisão judicial em nada afeta sua campanha e que o "mensalão do DEM nunca existiu".

Novamente candidato ao governo do Distrito Federal, Arruda é suspeito de envolvimento com um esquema de compra de apoio político conhecido como "mensalão do DEM", partido ao qual era filiado quando comandou o DF (2006-2010).

O caso veio à tona há quatro anos, com a divulgação de vídeos de Arruda e de aliados recebendo dinheiro. À época, ele chegou a ser preso.

Arruda convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 10, e alegou que foi alvo de um "golpe" planejado pelo PT e que seu governo foi "criminosamente interrompido". De acordo com ele, as imagens divulgadas são anteriores à sua administração.

"O que se julgou ontem é um episódio muito antes do meu mandato. É o mesmo de culpar o presidente Lula por algo que ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso", disse. Ele alega que os petistas precisavam criar um escândalo de corrupção que se "contrapusesse ao mensalão do PT" nas eleições de 2010.

Apesar da vigência da Lei da Ficha Limpa, não há impedimento para que o ex-governador concorra no pleito de 2014, uma vez que a condenação por desembargadores do TJ ocorreu depois de o ex-governador ter entrado com o pedido de registro para a sua candidatura. Ele anunciou que vai recorrer da decisão de ontem.

"Eu sou candidato a governador do DF dentro do que estabelece a legislação brasileira. O registro da minha candidatura no dia 5 de julho, a data de corte prevista pela legislação eleitoral e tomada como base em toda a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi respeitada".

Arruda concorre em uma chapa composta pelo PR, PTB, DEM, PRTB, PPS e PMN. O candidato ao Senado na composição é o senador Gim Argello, que rompeu com o Planalto e foi um dos fiadores da saída do PTB da aliança pela reeleição da presidente Dilma Rousseff e do embarque na candidatura de Aécio Neves pelo PSDB.

O agora candidato pelo PR disparou críticas contra Agnelo Queiroz (PT), atual governador do Distrito Federal que tenta a reeleição. Arruda disse que o DF vive hoje um "apagão de gestão" e que Agnelo tem dito a interlocutores que a candidatura do ex-governador seria barrada pela Justiça, promovendo uma "política do medo".

"A tática de lançar dúvidas é uma forma que ele encontra de fugir do verdadeiro debate: o apagão da sua gestão do DF".

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