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Arquitetos que construíram Brasília dão adeus a Niemeyer

Eles relembram de Niemeyer como um mestre que virou amigo


	 

	Brasília: Ítalo Campo Fiorito, de 80 anos, conta que Niemeyer sempre buscava ajudar os mais próximos e que chegou a ser preso durante o regime militar apenas por ser amigo dele (Zel Nunes/Creative Commons)

  Brasília: Ítalo Campo Fiorito, de 80 anos, conta que Niemeyer sempre buscava ajudar os mais próximos e que chegou a ser preso durante o regime militar apenas por ser amigo dele (Zel Nunes/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 10h33.

Rio de Janeiro - Um mestre que depois virou amigo. Essa é a recordação de dois arquitetos, que participaram da construção de Brasília, sobre Oscar Niemeyer.

Ítalo Campo Fiorito, de 80 anos, disse que o projeto da nova capital federal foi sua primeira oportunidade de trabalho. “Cheguei lá em 1958. Ninguém acreditava que aquilo fosse ficar pronto, mas ficou. Essa foi a minha melhor experiência profissional. Depois fomos fincando velhos e nos tornamos amigos. Ele [Niemeyer] queria justiça para o mundo e trabalhava de manhã até a noite.”

Ítalo conta que Niemeyer sempre buscava ajudar os mais próximos e que chegou a ser preso durante o regime militar apenas por ser amigo de Niemeyer.

Jaimi Zettel, de 80 anos, que também trabalhou junto com Lúcio Costa e Niemeyer lembra que a experiência foi inspiradora. “Niemeyer era um mestre”, resumiu.

Os dois amigos estiveram na manhã de hoje (6) no Hospital Samaritano, onde o corpo de Niemeyer aguarda para seguir a Brasília. O velório ocorrerá no Palácio do Planalto.

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