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Argentinos organizam protesto contra visita de Bolsonaro ao país

A manifestação está marcada para ocorrer na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino

BOLSONARO NA ARGENTINA: Movimentos políticos, sociais e sindicais receberão o presidente brasileiro com manifestação (Isac Nóbrega /PR/Divulgação)

BOLSONARO NA ARGENTINA: Movimentos políticos, sociais e sindicais receberão o presidente brasileiro com manifestação (Isac Nóbrega /PR/Divulgação)

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EFE

Publicado em 3 de junho de 2019 às 17h25.

Última atualização em 4 de junho de 2019 às 09h45.

Buenos Aires — Movimentos políticos, sociais e sindicais da Argentina convocaram um protesto contra a visita do presidente Jair Bolsonaro a Buenos Aires na próxima quinta-feira, 6.

A manifestação está marcada para ocorrer durante a tarde na Praça de Maio, na região central da capital do país, onde fica a Casa Rosada, a sede do governo. No local, Bolsonaro será recebido pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri.

O protesto começará com um tradicional ato das Mães da Praça de Maio, que durante a última ditadura militar no país começaram a organizar manifestações no local para exigir do regime notícias de seus filhos desaparecidos, muitos deles vítimas do próprio governo.

"A ascensão de Bolsonaro à presidência e sua contínua apologia à tortura e à discriminação fazem com que no Brasil cresçam todos os indicadores de violência racista, de gênero, feminicídios, homofobia e transfobia", explicaram os organizadores do movimento #ArgentinaRechazaBolsonaro (Argentina Rejeita Bolsonaro).

Entre os grupos que convocaram o protesto estão duas alas da Central de Trabalhadores da Argentina, a Federação Argentina LGBT a Mesa Nacional pela Igualdade e Contra Discriminação e a plataforma "Ni Una Menos" contra a violência às mulheres.

Os manifestantes também prometem protestar em defesa da soberania e da solidariedade latino-americana, criticando especialmente as políticas neoliberais de Bolsonaro e de Macri.

"O povo do Brasil sofre uma política de ajustes, privatizações e repressão que cresceu nos últimos meses. O governo brasileiro registrou no primeiro trimestre de 2019 um aumento do desemprego em 14 de seus 27 estados e um considerável aumento da pobreza", escreveram os organizadores em um texto de convocação para o ato.

"Ao escolher Macri como presidente, a Argentina foi ponta de lança na nova guinada à direita que se observa em toda a América Latina, Se neste ano (ele) perder as eleições, mostraremos resistência a esses governos de pobreza, repressão e morte", acrescentaram os movimentos na convocação.

Esta será a primeira visita de Bolsonaro a Argentina. Na visita, ele conversará com Macri sobre temas da agenda bilateral entre os dois países, integração internacional e Mercosul.

Em entrevistas recentes, Bolsonaro tem criticado a ex-presidente Cristina Kirchner, principal adversária de Macri, e candidata à vice-presidência do país em chapa com Alberto Fernández.

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