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Arena Pernambuco tem falhas de mobilidade no 1º jogo

Seja de metrô, carro ou ônibus, nenhum torcedor conseguiu entrar no estádio com menos de uma hora após sair de casa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 07h47.

Recife - Se a partida entre Espanha e Uruguai fosse nesta quarta-feira, a mobilidade dos acessos que levam à Arena Pernambuco seria considerada ineficaz.

Seja de metrô, carro ou ônibus, nenhum torcedor conseguiu entrar no estádio com menos de uma hora após sair de casa. A esperança é que nos 23 dias que separam a primeira partida oficial, realizada entre Náutico e Sporting Lisboa, e a abertura da Copa das Confederações contribuam para que o governo de Pernambuco consiga melhorar o sistema de transporte.

Para a primeira partida oficial, a orientação era que fosse utilizado o sistema público de transporte. E todos os caminhos levavam ao metrô. O horário do jogo (20 horas) não ajudou e os torcedores alvirrubros se juntaram à população que voltava do trabalho. O resultado foram vagões superlotados, usuários insatisfeitos e sistema de refrigeração sem funcionar.

O trajeto entre a estação Central, que fica no centro do Recife, e a estação Cosme e Damião, que dá acesso à Arena Pernambuco, demorou cerca de 40 minutos após às 19 horas. Porém, ele não terminava na estação que foi construída para atender a demanda do novo estádio.

Após percorrer 14 estações, o torcedor ainda teve que pegar um ônibus, oferecido gratuitamente, para chegar ao palco da partida. Os menos de 15 minutos de trajeto seriam menos cansativos se não fosse pela lotação dos veículos e por mais dez minutos de caminhada até chegar aos portões da Arena.

Quem tentou arriscar e optou pelo carro para ir à partida, também sofreu. Como estava proibido o acesso de carros ao estádio, a única opção era deixar o veículo no único local autorizado. Porém, não era de graça.


O torcedor tinha que pagar 40 reais antecipado e pegar um ônibus até o local do jogo. Porém, isso não foi garantia de mais rapidez no trânsito.

O trajeto levou em média uma hora e meia. Quem tentou ir de táxi, tinha que parar no Terminal Integrado de Passageiros (TIP) e pegar um ônibus. A ausência da opção dos táxis deixou vários taxistas revoltados. Eles alegavam que são concessão publica e que tinham direito de ter acesso ao estádio.

Para amenizar o problema dos acessos, a Odebrecht, organizadora da partida, deu um show de organização em torno do estádio. Vários funcionários instruíam as pessoas a entrarem pelos acessos correspondentes aos seus ingressos.

Contudo, a orientação só era válida para o setor. Os ingressos não foram numerados e o "teste" do respeito à numeração das cadeiras só será feito na Copa das Confederações.

Em campo, Náutico e Sporting Lisboa ficaram no empate por 1 a 1. E os dois gols foram marcados pelo time pernambucano. Aos 22 minutos, a equipe portuguesa saiu na frente. André Martins cruzou da esquerda e a bola desviou em Luiz Eduardo antes de entrar. O volante Josa tentou evitar o gol contra do companheiro, mas não conseguiu.

No segundo tempo, aos 37 minutos, o Náutico conseguiu o empate. O árbitro entendeu que o goleiro Hugo Ventura derrubou o atacante Caion dentro da área e marcou o pênalti. Na cobrança, o centroavante Elton bateu com perfeição no canto esquerdo para decretar a igualdade na Arena Pernambuco.

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