Brasil

Arcadis diz cooperar em investigação sobre rio São Francisco

A Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na sexta-feira


	Bacia do São Francisco: a Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na sexta-feira
 (Divulgação/CHESF)

Bacia do São Francisco: a Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na sexta-feira (Divulgação/CHESF)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 07h11.

Amsterdã - A companhia de engenharia holandesa Arcadis informou nesta segunda-feira que está fornecendo informações à Polícia Federal na investigação sobre suspeita de superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco.

A Arcadis não especificou se está entre os alvos da operação deflagrada pela PF na sexta-feira, que investiga um esquema que teria desviado 200 milhões de reais.

"Também não temos certeza sobre isso", disse o porta-voz da empresa Joost Slooten. A companhia atua no projeto em uma joint venture com a brasileira Concremat.

A PF prendeu quatro pessoas na sexta-feira como parte da investigação, afirmando ter provas de que empresas que trabalham no projeto desviaram verbas para companhias fantasmas.

Um dos presos foi o presidente da empreiteira OAS, Elmar Varjão. Slooten disse que nenhum funcionário da Arcadis foi detido.

A companhia informou em nota que agentes da PF foram aos escritórios da Arcadis no Brasil e na casa de um dos diretores. O porta-voz acrescentou que a polícia pediu e recebeu documentações.

Slooten disse ainda que a companhia vai continuar cooperando com as autoridades brasileiras, e abriu uma investigação interna sobre a situação.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de 680 milhões de reais, segundo a PF.

Executivos envolvidos no esquema de corrupção fariam parte de um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia, e usavam companhias de fachada em nome do doleiro Alberto Youssef, já condenado pela operação Lava Jato.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEuropaEngenhariaHolandaPolícia Federal

Mais de Brasil

Polícia Federal pode suspender emissão de passaportes por falta de verba

Deputados protocolam PEC da Reforma Administrativa

Após declaração de Lula, governo diz 'não tolerar' tráfico de drogas