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Araújo faz apelo aos Brics por apoio a grito de liberdade de venezuelanos

O ministro discursou na abertura do encontro dos ministros das Relações Exteriores do grupo e destacou "miséria" e "sofrimento" da população da Venezuela

Reunião dos Brics: Chanceleres se reúnem no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Reunião dos Brics: Chanceleres se reúnem no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2019 às 12h06.

Rio de Janeiro — O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fez um apelo nesta sexta-feira aos demais chanceleres do Brics para que apoiem o Brasil dando ouvido ao que chamou de grito de liberdade do povo da Venezuela ante o regime do presidente Nicolás Maduro.

Em discurso na abertura de um encontro no Rio de Janeiro dos ministros das Relações Exteriores do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Araújo disse que os venezuelanos estão sendo assolados por miséria e sofrimento decorrente da crise no país.

"Não podemos deixar de ouvir um grito que pede liberdade que vem da Venezuela", afirmou. "O Brasil tem escutado esse grito e faço apelo para que todos os senhores também o escutem".

O chanceler brasileiro afirmou que o governo de Maduro se sustenta exclusivamente pela força, produzindo "miséria e sofrimento ao seu povo", além de um êxodo de cerca de 4 milhões de venezuelanos.

"Toda a comunidade internacional precisa ouvir esse grito, entendê-lo e agir", disse Araújo. "Tenho certeza que uma Venezuela democrática vai atender os nossos ideias e interesses. Não é de acordo com nossos ideias e interesses uma Venezuela sucumbindo na criminalidade, na fome e na miséria".

Araújo afirmou ainda que o Brasil, na presidência do bloco dos países em desenvolvimento, vai focar na busca por resultados práticos e concretos e liderar bandeiras como o combate a crimes transnacionais, terrorismo e fluxos financeiros ilícitos.

"A presidência brasileira vêm dedicando atenção especial à segurança", afirmou.

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