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Metade dos brasileiros desaprova governo Temer, diz CNT/MDA

Apenas 14,6% dos entrevistados avaliaram o governo do peemedebista positivamente

Michel Temer preocupado (Christopher Goodney/Bloomberg)

Michel Temer preocupado (Christopher Goodney/Bloomberg)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 12h25.

Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 13h10.

Brasília - Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira, 19, mostrou que a desaprovação do desempenho pessoal do presidente da República, Michel Temer, subiu de 40,4% para 51,4% dos entrevistados. Nesse quesito, o levantamento da Confederação Nacional do Transporte mostrou que 16,9% não souberam responder. Quanto à aprovação do desempenho pessoal de Temer, o índice caiu de 33,8% para 31,7%.

Para 14,6% dos entrevistados, a avaliação do governo do peemedebista é positiva, contra 36,7%, que fazem avaliação negativa. Para 36,1%, a avaliação é regular e 12,6% não souberam opinar.

O levantamento ainda mostra que houve crescimento nos grupos que consideram o governo ótimo (de 1,4% para 2,1%), bom (de 9,9% para 12,5%), regular (de 30,2% para 36,1%), ruim (12,1% para 13,2%) e péssimo (15,9% para 23,5%).

Comparação

A pesquisa também mostrou que a quantidade de pessoas que consideram o governo Temer melhor em comparação ao governo de Dilma Roussef aumentou de 20,1% para 26%. As pessoas que consideram igual diminuíram de 54,8% para 40,5% e as que consideram pior aumentaram de 14,9% para 28,1%. Um total de 5,4% dos pesquisados disse não saber ou não respondeu.

PEC do Teto

A pesquisa CNT/MDA questionou os entrevistados sobre se conheciam ou já tinham ouvido falar da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gastos públicos. Segundo o levantamento, 40,9% conhecem ou já ouviram falar a respeito da proposta do governo federal. Entre eles, 60,4% são favoráveis à PEC e 32,5% contrários.

Sobre a relação do governo federal com o Congresso, 58% consideram que o presidente Michel Temer terá apoio suficiente para realizar mudanças e 29,2% acreditam que não terá.

A pesquisa CNT/MDA foi realizada de 13 a 16 de outubro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

Corrupção

A pesquisa CNT/MDA mostra que aumentou o número de entrevistados que consideram que a corrupção no Governo de Michel Temer será menor do que no Governo de Dilma Rousseff.

Pessoas que responderam ao levantamento e que consideram que a corrupção será menor somaram 31,9%, ante 28,3% na pesquisa anterior, realizada em junho. A quantidade de pesquisados que consideram que será igual passou de 46,6% para 40,8% e o número daqueles que acham que será maior cresceu de 18,6% para 22,7%.

Explicações sobre avaliação

Para o diretor executivo do Instituto MDA, Marcelo Souza, o desempenho de Temer pode ser parcialmente explicado pelo fato de a população estar avaliando o governo, independentemente de qual seja ele, de forma negativa. Em outubro de 2015, a ex-presidente Dilma Rousseff tinha 63% de avaliação ruim ou péssima, segundo lembrou. "A população está há mais de um ano insatisfeita com os rumos do País e isso não se muda em um mês", comentou.

Para o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, a crise econômica por que passa o País deixaria qualquer governante mal avaliado. "Mas percebemos o início de uma mudança positiva", comentou. Ele ressaltou a melhora das expectativas da população para os próximos seis meses para o emprego e a renda. Na pesquisa, 33,3% (ante 27,2%) das pessoas avaliaram que o emprego vai melhorar, enquanto 29,1% (ante 33,4%) acham que vai piorar. Desde junho de 2014, as pessoas que esperavam piora superavam as que avaliavam melhora no cenário à frente.

A mesma inversão foi observada na renda, que vinha no campo negativo desde março de 2015. Na pesquisa, 25,5% (ante 19,8%) das pessoas responderam que a renda vai aumentar, enquanto 20,9% (ante 26,4%) falaram em piora.

"Os indicadores econômicos tendem a favorecer a melhora do humor", avaliou Batista. Ele citou a queda da inflação, que traz alívio "ao bolso da população" e também a perspectiva de redução da taxa de juros, logo mais, pelo Banco Central - que deve afetar positivamente a perspectiva do empresariado, "que é quem contrata."

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