José Rocha: "Temos que ver que é rebelde mesmo" (Câmara dos Deputados/Gustavo Lima/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 19h13.
Brasília - O PR, que controla o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e possui indicações em bancos públicos, anunciou nesta quinta-feira, 3, que vai acionar o Conselho de Ética da legenda para analisar o caso dos deputados que votaram contra a orientação do partido e a favor da denúncia em que o presidente Michel Temer era acusado de corrupção passiva.
O PR fechou questão em apoio do presidente, mas nove dos 40 votos foram favoráveis à investigação.
O partido vai analisar, na próxima semana, caso a caso, o comportamento dos parlamentares nas votações anteriores, para definir se cada um sofrerá punição, segundo o líder José Rocha (PR-BA). "Temos que ver que é rebelde mesmo", disse.
As sanções variam de uma advertência à expulsão, passando por suspensão temporária das atividades partidárias. Segundo Rocha, há casos de parlamentares que não tiveram emendas liberadas, como ele próprio, e outros que votaram contra Temer por questões estaduais, como a base eleitoral que rejeita o peemedebista.
Um dos punidos imediatamente após a denúncia de Temer ter sido rejeitada no Congresso foi o deputado Alexandre Baldy (Pode-GO).
Ele perdeu o cargo de líder da legenda por causa da proximidade com o Palácio do Planalto, segundo a presidente da legenda, deputada Renata Abreu (Pode-SP).
Ela diz que o partido deve seguir independente do Planalto. Baldy votou contra a denúncia de Temer e será substituído por Ricardo Teobaldo (Pode-PE), que votou da mesma maneira.