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Após ventos fortes, SP tem 196 chamados para quedas de árvores; 2 ficam feridos

O número de árvores tombadas pode aumentar nas próximas horas

Frio: após ventos fortes, SP tem 196 chamados para quedas de árvores; 2 ficam feridos (RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)

Frio: após ventos fortes, SP tem 196 chamados para quedas de árvores; 2 ficam feridos (RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 06h35.

A forte ventania que atingiu a costa brasileira nesta quarta-feira, 10, em decorrência de um ciclone extratropical, também chegou a São Paulo.

Por conta da instabilidade no tempo, o Corpo de Bombeiros registrou 196 pedidos para atender ocorrências de quedas de árvores ao longo do dia na região metropolitana da capital paulista.

Na cidade de São Paulo, de acordo com a Prefeitura, a Defesa Civil atendeu 38 solicitações de árvores caídas e 15 quedas de galhos na cidade.

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Por conta dos acidentes, duas pessoas ficaram feridas. Os dois casos foram registrados por volta das 14h30.

Em um deles, a árvore caiu sobre um veículo no Itaim Bibi e deixou um homem, de 23 anos, machucado. Ele foi socorrido para o Pronto Socorro da Santa Casa.

Já na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista um galho caiu sobre uma mulher de 48 anos, que foi levada ao Pronto Socorro da Beneficência Portuguesa. O estado de saúde de ambos era estável, segundo os Bombeiros.

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) de São Paulo registrou fortes rajadas de vento de até 74 km/h no aeroporto de Congonhas, na zona sul; 68,5 km/h em Guarulhos, e 50 km/h no aeroporto Campo de Marte, na zona norte. Em razão das quedas de árvores e galhos, as equipes de limpeza das Subprefeituras Pinheiros, Sé, Mooca, Pirituba, Santo Amaro, Casa Verde e Ipiranga foram acionadas.

O número de árvores tombadas pode aumentar nas próximas horas. Isso porque a ventania ainda deve persistir na noite desta quarta e madrugada de quinta, 11.

Imagens do radar meteorológico do CGE indicam garoa ocasional, e apontam para a ocorrências de rajadas de vento que devem chegar a 80 Km/h. "Essa condição meteorológica aumenta o risco de queda de árvores e intensifica o frio, pois a sensação térmica está diretamente proporcional à magnitude dos ventos", informa o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas.

Previsão do tempo para os próximos dias

De acordo com CGE, a tendência para os próximos dias é de que a intensidade dos ventos diminua. Nesta quinta-feira, 11, a previsão do centro para São Paulo é de chuvisco, nuvens carregadas, e com temperatura mínima de 11ºC para a capital paulista.

"Na quinta-feira (11), muitas nuvens e chuviscos ocasionais. Os ventos ainda terão moderada intensidade, mas com tendência a diminuição. O dia será marcado por baixa amplitude térmica com valores de temperatura entre mínima de 11°C e máxima de apenas 15°C. A umidade do ar segue elevada com percentuais entre 65% e 95%", informa o CGE.

Para sexta-feira, 12, a previsão é de tempo mais estável e predominância de ar seco e do frio. Os termômetros vão oscilar entre a mínima de 10°C e a máxima de 18°C.

Queda nas temperaturas

O frio que os moradores de São Paulo sentirão na quinta e na sexta é efeito de uma massa de ar de origem polar que acompanha o ciclone extratropical, que se formou entre terça-feira, 9, e esta quarta na costa dos Estados catarinense, paranaense e paulista entre terça, 9, e esta quarta-feira.

O fenômeno meteorológico é comum no Brasil e tende a se deslocar pela costa gerando chuvas, ventos, altas ondas e ressaca. Por essa razão, as principais cidades atingidas tendem a ser as litorâneas. A sua formação, diferente dos ciclones tropicais (que são os furacões), acontece mais afastada dos trópicos - por isso o nome "extratropical".

Na retaguarda do ciclone há um centro de alta pressão atmosférica que, por sua vez, está relacionado ao tempo estável. Quando há um desequilíbrio entre pontos de menor e maior pressão atmosférica ocorrem as rajadas de vento.

(Estadão Conteúdo)

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