O presidente da república, Jair Bolsonaro, e o presidente do PSL, Luciano Bivar (Facebook/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 14h53.
Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 18h21.
Brasília - Um dia após a demissão do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, em meio a denúncias de irregularidades em candidaturas do PSL nas eleições de 2018, o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar, visitou o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Na saída, o parlamentar evitou falar com a imprensa e disse que foi um "almoço cordial". Nos corredores do Planalto, cresce o movimento para que Bivar deixe a presidência do partido de Bolsonaro.
Fundador do PSL, Bivar se licenciou temporariamente no ano passado da presidência nacional da legenda, que foi assumida por Bebianno, então coordenador da campanha de Bolsonaro. Bivar, então, colocou seu advogado, Antônio de Rueda, no comando do partido em Pernambuco. O diretório estadual está envolvido em suspeitas de uso de candidaturas laranja para desvio de dinheiro do fundo eleitoral na última eleição.
Como mostrou o BR18, o presidente não está satisfeito em ver seu governo se desgastando politicamente por conta dos problemas apresentados pelo partido na campanha. Além de Bebianno, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também entrou na linha de tiro das suspeitas de uso de candidaturas laranjas na campanha eleitoral.
O ministro, que comanda o PSL em Minas Gerais e se elegeu o deputado federal mais votado do Estado, já vê a cobrança até de colegas do partido, como a deputada estadual Janaina Paschoal (SP), para que seja afastado do ministério.