Pedestres na avenida Brigadeiro Faria Lima: nos próximos dias, voltam as condições de tempo seco com elevação das temperaturas e sem chuva (Leandro Fonseca/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de setembro de 2020 às 11h23.
Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 11h25.
Não deu nem tempo de curtir o refresco em São Paulo porque o calor já voltou. Nesta quarta-feira, 16, a temperatura disparou novamente com a volta do sol forte e o afastamento do ar frio de origem polar. Com a previsão do tempo para o Estado, a Defesa Civil retomou o alerta de uma forte onda de calor, com índices críticos de umidade relativa do ar para os próximos dias.
Entre esta quarta-feira e sábado, 19, serão registradas máximas entre 32ºC e 35ºC na Grande São Paulo e na Baixada Santista, além das regiões de Registro, Sorocaba, Campinas e São José dos Campos.
Já nas regiões de Presidente Prudente, Araçatuba, Barretos, São José do Rio Preto, Franca, Ribeirão Preto, Araraquara, Bauru e Marília, as temperaturas ficam entre 35ºC e 40ºC.
Na quinta-feira, 17, o calor aumenta na capital e pode bater novo recorde. Até o momento, a maior temperatura registrada na cidade de São Paulo este ano foi de 34,1°C no último sábado, pela medição oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Na capital paulista, a quarta começou com nuvens intercalando períodos de sol pela manhã na faixa leste paulista e à tarde o sol já estará brilhando mais forte. No interior paulista, o ar continua quente e seco e o nível de umidade no ar despenca nas horas mais quentes do dia.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, os termômetros devem registrar mínima de 16°C e máxima em torno dos 31°C com taxas de umidade entre 30% e 90%. O dia será marcado por poucas nuvens, aumento da nebulosidade a partir do fim da tarde em função da chegada de brisa marítima, mas sem previsão de chuva.
Na quinta-feira, o cenário atmosférico se mantém inalterado. Na madrugada, os termômetros devem registrar 17°C e céu com poucas nuvens. No decorrer do dia, poucas nuvens, predomínio de sol e temperatura máxima prevista de 32°C, enquanto os percentuais mínimos de umidade do ar se mantêm próximos dos 27%. O dia termina sem previsão de chuvas para a capital e Grande São Paulo.
Nos próximos dias, voltam as condições de tempo seco com elevação das temperaturas e sem chuva, pelo menos até o sábado.
As simulações mais recentes dos modelos de previsão indicam que os últimos dez dias do mês serão marcados por chuvas intermitentes provocadas por áreas de instabilidade e passagem de frentes frias, informou o CGE.
A nova onda de ar polar vai passar pelo litoral do Estado no próximo sábado e deve trazer um pouco mais de chuva para o sul e o leste do Estado, incluindo a Grande São Paulo, até o domingo, dia 20.
Imagens de satélite feitas na terça-feira evidenciaram focos de calor - indicativo de queimadas - em diversos pontos do Estado de São Paulo. Estes focos aumentaram desde o início de setembro.
Apenas no dia 13, pelo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 538 focos de calor. No período de 1º a 14 de setembro, São Paulo teve 1.520 focos de calor, quase o dobro do que foi registrado durante todo o mês de setembro de 2019.
De acordo com informações do Climatempo, durante a quinta-feira, a chegada da frente fria ao litoral paulista vai mudar o fluxo de ventos no centro-sul do Brasil, direcionando no sentido de Mato Grosso do Sul para São Paulo. Isso vai fazer com que parte da fumaça do Pantanal seja transportada para as cidades paulistas.
O aumento da cobertura de fumaça vai favorecer a maior interação deste material particulado com a luz do sol, aumentando a chance de haver aqueles tons alaranjados ou avermelhados no céu.
No entanto, o Estado não terá a visão de São Francisco e de outras cidades da Costa Oeste dos Estados Unidos, onde a quantidade de fumaça é muito maior, explicou o Climatempo.
Dependendo da quantidade de fumaça que for transportada na quinta ou sexta para o Estado, não se deve descartar a chance de repetição do fenômeno da "chuva negra", semelhante ao que se viu em algumas cidades do Rio Grande do Sul no fim de semana passado e também como a capital paulista registrou no ano passado, em 19 de agosto.
Além do Estado de São Paulo, é possível que ocorra um aumento da camada de fumaça até a próxima sexta sobre áreas do Rio de Janeiro, especialmente no centro-sul do Estado, incluindo a capital fluminense, sobre a região do centro-sul de Minas Gerais e do Triângulo Mineiro.