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Após recesso, CPI do Senado vai investigar espionagem

O próximo passo é a indicação, pelos líderes da Casa, de membros para a CPI, que será composta por 11 titulares e sete suplentes


	Bernardo participou de uma audiência pública, no Senado, para falar da prática de espionagem ao país e disse achar difícil que empresas brasileiras estejam envolvidas
 (Antonio Cruz/ABr)

Bernardo participou de uma audiência pública, no Senado, para falar da prática de espionagem ao país e disse achar difícil que empresas brasileiras estejam envolvidas (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 17h12.

Brasília - Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de espionagem dos Estados Unidos a dados de brasileiros será instalada no Senado após o recesso parlamentar.

Logo de início, um dos focos da comissão deve ser o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo reportagem do jornal O Globo, a empresa Booz-Allen, na qual trabalhava o delator das espionagens praticadas pelos Estados Unidos, Edward Snowden, prestava consultoria ao Brasil no período.

Questionado na manhã desta quinta sobre a manutenção da prestação de serviços da empresa americana ao Brasil, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, negou que ainda haja relações com a Booz-Allen, mas o fim do contrato precisaria ser checado.

Bernardo participou de uma audiência pública, no Senado, para falar da prática de espionagem ao país e disse achar difícil que empresas brasileiras estejam envolvidas.

O requerimento da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), lido no plenário da Casa na madrugada desta quinta, teve a adesão de 41 senadores - era necessária a adesão de 27 parlamentares.

O próximo passo é a indicação, pelos líderes da Casa, de membros para a CPI, que será composta por 11 titulares e sete suplentes. A designação deve começar já na próxima semana, quando os líderes devem voltar a se reunir.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), segundo vice-presidente da Casa, disse que a questão a ser tratada na comissão é prioritária. "Diz respeito à relação internacional do Brasil, à questão do foro íntimo, da vida pessoal de cada brasileiro e brasileira e portanto essas regras devem ficar bem claras e ser acompanhadas.", afirmou.

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