Brasil

Após queda de multas, gestão Doria estudar instalar novos radares

Segundo o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, a ampliação da fiscalização visa aumentar a segurança viária

Radar: o índice de infrações caiu em até 66% nos chamados "radares-pegadinha" (PoppyPixels/Thinkstock)

Radar: o índice de infrações caiu em até 66% nos chamados "radares-pegadinha" (PoppyPixels/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2017 às 14h37.

São Paulo - Após registrar queda no número de multas de trânsito, a gestão João Doria (PSDB) estuda agora instalar novos radares em ruas e avenidas de São Paulo.

Para o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda, o índice de infrações - que caiu em até 66% nos chamados "radares-pegadinha" - permite que a Prefeitura amplie o aparato de fiscalização, sem ser acusada de alimentar uma "indústria da multa". Segundo afirma, o objetivo seria melhorar a segurança viária.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Avelleda afirmou que a estratégia da Prefeitura para reduzir o número de multas na cidade se baseia em relatórios mensais da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET). Primeiro, identifica os cinco radares que mais flagram infrações de motoristas. Depois, adota medidas para alertar e orientar os condutores. Segundo informações da pasta, ao todo, 25 radares já foram contemplados nessa proposta.

Com a melhoria na sinalização, os dois radares "campeões de multa" registraram queda no mês de março. Então 1º lugar, o radar na saída da Rodovia dos Imigrantes, próximo da Rua Guaratu, flagrou 9.029 infrações - 38,1% a menos do que no mesmo mês de 2016, quando houve 14.593 multas.

Já o 2º colocado, na Marginal do Tietê, caiu ainda mais: 65,7%, passando de 31.257 para 10.697 autuações. "Isso torna legítima a implantação de novos radares, porque me permite dizer 'não estou aumentando a arrecadação'", afirmou o secretário.

"Sem aumentar o número de multas na cidade, nós vamos ganhando também a possibilidade de implantar outros pontos de fiscalização para melhorar a segurança", disse Avelleda. "Nós temos, digamos assim, um 'crédito', entre aspas, para poder implantar um outro tipo de fiscalização e manter o nível de fiscalização, sem indústria da multa."

Entre os locais estudados, está a Avenida M'Boi Mirim, no extremo da zona sul da capital. "Estamos muito preocupados com a situação da M'Boi Mirim. Nós vamos atuar ali fortemente", afirmou o secretário. "Pontos de atropelamentos são pontos onde nós estamos focando. Sempre o foco na segurança do condutor, do pedestre, do ciclista, de todos os atores do trânsito."

Panorama geral

Em janeiro e fevereiro, dados mais recentes, as penalidades aplicadas contra motoristas da capital caíram 13,4%. Foram 2.199.457 infrações computadas em 2017, contra 2.539.445 no mesmo período do ano passado. Os números constam do Painel Mobilidade Segura, divulgado pela Prefeitura

Apesar dessa queda, a Prefeitura arrecadou 18,1% a mais com infrações de trânsito neste primeiro trimestre. Segundo relatório da Câmara Municipal de São Paulo, na comparação com 2016, houve aumento de R$ 300,7 milhões para R$ 355,3 milhões - fato que se explica pelo reajuste no valor das multas, que começou a valer em novembro.

Acompanhe tudo sobre:João Doria Júniorsao-pauloTarifasTrânsito

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho