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AO VIVO: CPI da Covid ouve Francieli Fantinato, ex-coordenadora do PNI

Os senadores decidiram convocar Francieli para apurar como foi a atuação dela no direcionamento da política de vacinação nos estados e municípios

CPI deve continuar as investigações focada em possíveis irregularidades nas negociações por vacinas contra a covid-19. (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

CPI deve continuar as investigações focada em possíveis irregularidades nas negociações por vacinas contra a covid-19. (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 8 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 11h29.

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Após subir o tom nesta quarta-feira, 7, com a prisão do depoente Roberto Dias, ex-secretário de Logística do Ministério da Saúde, a CPI da Covid deve continuar as investigações focada em possíveis irregularidades nas negociações por vacinas contra a covid-19.

Nesta quinta-feira, 8, os senadores vão ouvir Francieli Fantinato, que até ontem ocupava o posto de coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização (PNI) do ministério. Ela pediu para deixar o cargo, que ocupava desde 2019, nesta quarta-feira.

Além de prestar depoimento à CPI, Francieli teve o sigilo telefônico quebrado pela comissão. A ex-coordenadora-geral do PNI tentou reverter a medida no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Alexandre de Moraes manteve a transferência de sigilo.

Os senadores decidiram convocar Francieli e quebrar o sigilo dos dados para apurar como foi a atuação dela no direcionamento da política de vacinação nos estados e municípios, como coordenadora-geral do PNI.

No requerimento de quebra de sigilo, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirma que o acesso aos dados é “primordial para que a CPI possa investigar a real atuação comissiva ou omissiva dos principais responsáveis no governo federal na condução das políticas durante a pandemia”.

A CPI também já aprovou um requerimento de acareação entre Francieli e a médica Luana Araújo, que assumiria o cargo de secretária extraordinária de enfrentamento à covid, mas teve a nomeação retirada dez dias depois de indicada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Em depoimento à CPI, Queiroga afirmou que a primeira opção era Francieli, mas ela preferiu continuar à frente do PNI. Francieli está no Ministério da Saúde desde 2014. Ela é formada em enfermagem e mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB).

Ao vivo:

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Próximos passos

A CPI deve manter o foco em questões relacionadas à vacinação. Nos próximos dias, os senadores devem continuar tentando sanar as dúvidas em relação as negociações pela vacina indiana Covaxin e sobre a denúncia de pedido de propina em negociações pela Astrazeneca.

Estão no radar da CPI o representante oficial da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, que teria atuado para que o PM Luiz Paulo Dominguetti revelasse à Folha de S. Paulo suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias.

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) deve ser ouvido novamente, em sessão restrita, sobre a denúncia envolvendo a Covaxin. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro soube de irregularidades no contrato da vacina, mas não tomou nenhuma providência.

Outro nome que pode ser ouvido nos próximos dias é o do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Segundo Luis Miranda, o presidente Bolsonaro mencionou o nome de Barros ao ser informado sobre as supostas irregularidades nas negociações pela Covaxin.

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