Brasil

Após pressão, Doria cancela palestra em evento do Lide

Grupo fundado pelo próprio Doria queria cobrar R$ 50 mil de entrada em uma palestra, na qual ele falaria como prefeito

João Doria: depois de eleito, Doria repassou o comando da associação empresarial a seu filho mais velho (Facebook/João Doria/Reprodução)

João Doria: depois de eleito, Doria repassou o comando da associação empresarial a seu filho mais velho (Facebook/João Doria/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 14h20.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), cancelou a palestra que faria em março durante um evento do Lide, associação empresarial fundada por ele conhecida por reunir empresários e políticos.

O grupo pretendia cobrar R$ 50 mil de interessados em participar de um almoço com a presença do tucano.

O tema da palestra, conforme revelou na quinta-feira, 19, a Folha de S.Paulo, era "O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo". De acordo com o jornal, quem aceitasse fazer a contribuição poderia se sentar à mesa principal com o prefeito.

Depois de eleito, Doria repassou o comando da associação empresarial a seu filho mais velho.

O Lide, em nota, afirmou que não existe restrição legal ou ética para a participação de Doria e que a decisão de cancelar a sua presença tem o objetivo de "evitar qualquer interpretação que desvirtue a verdade dos fatos".

"O Lide enfatiza que, para a realização de qualquer evento, é necessária a comercialização de cota de patrocínio. Não há 'doação' ou solicitação de 'contribuição', conforme noticiado", declarou o grupo.

"Desde a sua fundação, em 2003, o Lide tem recebido inúmeras autoridades para debater questões importantes para a sociedade, incluindo os últimos três prefeitos da cidade."

Acompanhe tudo sobre:João Doria JúniorPrefeitossao-paulo

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos