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Após piso, Dilma terá desafio de corrigir tabela do IR

Próxima meta da presidente Dilma Rousseff é corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física; reajuste deve ser de 4,5%

A presidente Dilma Rousseff: agora ela segue para batalha do Imposto de Renda (Ricardo Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff: agora ela segue para batalha do Imposto de Renda (Ricardo Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 08h55.

Brasília - Vencido o desafio de aprovar o salário mínimo de R$ 545 no Congresso, a próxima meta da presidente Dilma Rousseff é corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A nova lei do salário mínimo será sancionada na próxima semana, para que entre em vigor no dia 1º de março, segundo o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), ao final da votação no Senado.

O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), informou que o Executivo enviará ao Congresso na próxima semana a medida provisória que reajusta a tabela do Imposto de Renda. O reajuste deve ser de 4,5%, correspondente à meta de inflação para este ano.

O governo receia uma nova queda de braço com as centrais sindicais nessa questão, já que a categoria reivindica uma correção de 6,47% da tabela, correspondente à inflação de 2010 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o mesmo que corrigiu o salário mínimo e as aposentadorias.

Além disso, as centrais querem fixar uma regra até 2015, nos moldes da política de valorização do mínimo, enquanto o governo prefere rever o índice apenas para este ano.

Unanimidade

Costa celebrou a votação unânime da bancada - os 15 senadores petistas chancelaram o mínimo de R$ 545 - e declarou que o novo valor do subsídio "amplia o poder aquisitivo do trabalhador, mas com responsabilidade fiscal".

A unanimidade dos petistas foi conquistada após o esforço coletivo para dissuadir o senador Paulo Paim (RS) do voto favorável aos R$ 560. Convencido, o gaúcho foi chamado ao Planalto a fim de transmitir sua decisão a Dilma.

A votação do destaque de autoria do DEM propondo a elevação do mínimo para R$ 560 permitiu ao governo medir o real tamanho da base aliada: 54 votos contrários à emenda.

É o número de votos que o governo poderá contar nas próximas votações de seu interesse. Houve abstenções com as quais o Planalto não contava, como as dos peemedebistas Luiz Henrique (SC), Casildo Maldaner (SC) e Pedro Simon (RS). A expectativa era de que eles votassem contra o destaque, tornando pública a posição favorável ao governo.

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