Raimundo Nonato, prefeito da cidade Barra do Bugres (MT) (YouTube/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de novembro de 2020 às 19h03.
Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 19h13.
O prefeito de Barra do Bugres (Mato Grosso) e candidato derrotado à reeleição, Raimundo Nonato (DEM), demitiu nesta quarta-feira, 18, 365 funcionários públicos da administração municipal. A lista inclui médicos, enfermeiros, assistentes sociais e fisioterapeutas.
De acordo com Nonato, o motivo do corte é o ajuste de contratos para a próxima gestão. "Aconteceu que tem prazo para sair todo mundo. Quando tinha 90 dias entre a eleição e o próximo mandato era uma coisa, agora tem só 45 dias e todo mundo tem de sair junto com o prefeito. Esse é o motivo", disse ele ao Broadcast Político. "Não pode deixar para o próximo mês, senão não dá tempo. A tramitação é muito burocrática", completou.
Barra do Bugres não tem hospital municipal. O município conta com uma unidade de pronto atendimento e um centro de especialidades, que, com os cortes, agora não tem médicos cardiologistas, ortopedistas ou psiquiatras. Os pacientes mais graves são transferidos para a capital do estado, Cuiabá, a 164 quilômetros, e os partos realizados em Nova Olímpia, 40 quilômetros de distância.
Segundo o prefeito, os serviços municipais que sofreram cortes funcionarão pelo período de meio expediente até, pelo menos, janeiro de 2021, quando o próximo prefeito tomará posse. "Quando eu assumi era só meio expediente, depois ficou o dia todo e agora voltou a ser meio expediente", disse Nonato.
O vice-prefeito, Gustavo Abi Rached Cruz, deve se reunir com o Conselho Municipal de ainda hoje para tratar da questão. O grupo é formado por profissionais da Saúde, entidades sociais, e membros de comunidades indígenas e quilombolas.
Nas eleições municipais do domingo, 15, Nonato recebeu 40,88% dos votos e acabou derrotado por Divino Henrique (PDT), que obteve 43,32%, uma diferença de 414 votos.