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Após morte de torcedor, Corinthians jogará sem torcida

Boliviano de 14 anos foi atingido por um sinalizador disparado por membro da torcida do time paulista durante a partida de quarta-feira contra o San José

Torcedores do Corinthians comemoram gol da equipe em 3 de fevereiro de 2013 (AFP / Yasuyoshi Chiba)

Torcedores do Corinthians comemoram gol da equipe em 3 de fevereiro de 2013 (AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 07h58.

O Corinthians disputará suas partidas da Taça Libertadores sem o apoio da torcida em consequência da morte de um jovem boliviano de 14 anos que foi atingido por um sinalizador disparado por um membro da torcida do time paulista durante a partida de quarta-feira contra o San José, informou a Conmebol.

"As partidas do Corinthians como mandante serão disputadas de portões fechados. Nos jogos que o clube disputará como visitante, seus torcedores não terão acesso a ingressos", declarou nesta quinta-feira à AFP o porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez.

Trata-se da primeira medida tomada pela entidade desde a morte do jovem Kevin Beltrán, que foi atingido no olho por um sinalizador disparado desde o setor reservado para a torcida do Corinthians.

Benítez ainda disse que a punição será mantida até que a polícia boliviana esclareça os fatos que provocaram a morte do torcedor.

"Os dirigentes do Corinthians têm um prazo de três dias para apresentar sua defesa", completou o porta-voz.

Pouco depois do incidente, a polícia aprendeu 12 torcedores do Timão que permanecem detidos na delegacia de Oruro, cidade situada a 240 km ao sul da capital La Paz.

As autoridades bolivianas declararam nesta quinta-feira ter fotos que comprovam que o sinalizador foi disparado por um torcedor corinthiano.


"O projétil, pelo que se observa na primeira fotografia, partiu de do setor onde se encontravam os torcedores do Corinthians", explicou O chefe da Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), major Antenor Medrano.

"Temos fotos que permitem identificar o possível autor deste ato lamentável", afirmou Medrano. "O caso está nas mãos do Ministério Público, que estabelecerá sua situação jurídica", completou.

O drama ocorreu pouco depois do gol do Timão, marcado aos 5 minutos de jogo pelo peruano Paolo Guerrero, durante a partida que terminou empatada em 1 a 1.

De acordo com o médico do hospital público de Oruro, José María Vargas, "O projétil entrou pelo olho direito, se instalou na cabeça e provocou perda de massa encefálica. A morte foi instantânea".

O ministro do Interior boliviano, Carlos Romero, anunciou que estava preparando um decreto para impedir a entrada de artefactos explosivos em todas as arenas esportivas do país.

"Vamos apresentar um projeto de segurança para eventos esportivos, uma política integrada para evitar que este tipo de tragédia se repita", afirmou Romero numa coletiva de imprensa

O Ministro também informou que investigará a atuação polícia local durante o incidente.

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