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Após morte de bebê, médica nega omissão e responsabilidade

A médica explica que não atende crianças e que estava estressada por ter discutido com o motorista da ambulância

Médica: profissional é acusada de omissão em caso de morte de bebê (Getty Images/Getty Images)

Médica: profissional é acusada de omissão em caso de morte de bebê (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2017 às 16h29.

Rio - A médica Haydee Marques da Silva, que não prestou socorro a Breno Duarte da Silva, de um ano e seis meses, morto na última quarta-feira, afirmou ao jornal Extra que deve depor na 16ª Delegacia de Polícia, da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, nessa segunda-feira, 11. Ela argumentou que não atende crianças e que estava estressada por ter discutido com o motorista da ambulância. Por isso, tomou a decisão de não trabalhar.

Breno sofria de Síndrome de Ohtahara, uma doença neurológica que gera convulsões fortes. Ele vivia sob cuidado permanente de uma técnica em enfermagem, em casa, e dependia da ambulância para ser conduzido ao hospital. Por causa da desistência de Haydee em atendê-lo, ele não foi transportado e morreu em sua residência. A médica chegou até a portaria do prédio onde morava o bebê, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, e minutos depois deixou o local.

Na entrevista, Haydee disse não ter sido a responsável pela morte do bebê e que a técnica de enfermagem que acompanhava Breno poderia ter salvado ele. "Isso não foi omissão de socorro, já que não era um caso grave. O menino não faleceu imediatamente, morreu só depois de uma hora e meia". Ela também negou que esteja fugindo da polícia, embora não tenha sido encontrada até agora para prestar depoimento.

A Polícia Civil do Rio, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a investigação está em andamento e que não há informação sobre depoimentos para divulgar.

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