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Após ir à aula pública do MPL, filho de Haddad defende o pai

Em texto publicado em sua conta no Facebook, Frederico Haddad defendeu as medidas tomadas pelo pai, prefeito Fernando Haddad, no transporte público de São Paulo

Frederico Haddad acompanhado da mãe, Ana Estela Haddad, do pai, Fernando Haddad, e da presidente Dilma Rousseff (Reprodução/ Facebook Frederico Haddad)

Frederico Haddad acompanhado da mãe, Ana Estela Haddad, do pai, Fernando Haddad, e da presidente Dilma Rousseff (Reprodução/ Facebook Frederico Haddad)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 17h38.

São Paulo - Frederico Haddad, filho do prefeito de São Paulo Fernando Haddad, esteve ontem na aula pública sobre transporte público e o aumento da tarifa promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL) na capital paulista.

A "rápida e discreta presença", como ele mesmo classifica, o motivou a escrever um longo texto de defesa das medidas sobre transporte público tomadas pela Prefeitura de São Paulo. O texto foi publicado em sua conta no Facebook

Frederico afirma que a implementação do passe livre para estudantes da rede pública  e a criação do Bilhete Único Mensal (que não terá aumento na tarifa) são mais importantes do que o reajuste na passagem dos ônibus municipais. Desde esta terça-feira, a tarifa do transporte público em São Paulo subiu para R$ 3,50.  

Segundo ele, são os bilhetes mensal, semanal e diário - contra os quais, ele mesmo lembra, parte do movimento Passe Livre se opôs - que garantem ao cidadão o efetivo direito "de ir e vir, quando bem entender, para onde bem quiser, sem pagar a mais por isso", escreveu. 

O jovem afirma ainda que a maior conquista das manifestações de junho de 2013 não foi a revogação do aumento da tarifa, mas sim evitar " a renovação dos contratos nos mesmos moldes aos atuais (que ocorreria em meados de 2013) e, ao mesmo tempo, inspirar a contratação da auditoria internacional pela Prefeitura para abrir as contas dos contratos de transporte de ônibus vigentes, algo inédito na história da cidade". 

Passe livre

Frederico Haddad critica ainda a proposta do MPL de propor a tarifa zero pela diminuição do lucro das empresas, o que, segundo ele, seria uma incongruência. De acordo com o filho do prefeito, manter a tarifa congelada seria impossível já que para isso  a parcela do orçamento que subsidia o transporte público teria que aumentar anualmente e isso implicaria em "menos dinheiro pra educação, saúde, moradia e para a própria melhoria do transporte urbano como um todo", diz.

Segundo o raciocínio de Frederico, as mudanças feitas por seu pai vieram para beneficiar todos, mesmo que o aumento da tarifa não seja algo positivo para o bolso dos cidadãos.

Ele resume: "Para o estudante que não pode pagar, zerou. Para o que pode, o Poder Público garante meia. Para o trabalhador formal virá a benéfica migração para o BU mensal, que ampliará muito suas possibilidades de deslocamento e, em última instância, sua cidadania. Para idosos segue gratuito, como a Constituição prevê."

O primeiro protesto do MPL contra o aumento da tarifa nos ônibus municipais está marcado para a próxima sexta-feira. 

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