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Após investir R$ 500 mi — e não lançar nenhum foguete — estatal é extinta

Alcântara Cyclone Space, criada no governo Lula em parceria com a Ucrânia, tinha o objetivo de lançar foguetes para transporte de satélites

Empresa utilizaria base de Alcântara, no Maranhão, para lançamento de foguetes (Adriano Machado/Reuters)

Empresa utilizaria base de Alcântara, no Maranhão, para lançamento de foguetes (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de abril de 2019 às 19h28.

Última atualização em 18 de abril de 2019 às 06h49.

O plenário do Senado decidiu hoje (16) pela extinção da empresa espacial Alcântara Cyclone Space. A empresa era binacional, criada a partir de um tratado firmado com a Ucrânia, em 2003. A empresa havia sido extinta por medida provisória (MP) pelo presidente Michel Temer. A extinção da Alcântara Cyclone Space segue para promulgação.

A Alcântara Cyclone Space foi criada no governo Lula para o lançamento de foguetes Cyclone-4 para transporte de satélites. Porém, nenhum lançamento foi feito, apesar de o Brasil ter investido quase R$ 500 milhões no projeto. O fim da parceria permite que o governo brasileiro firme novo acordo envolvendo a base de Alcântara.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) disse que a extinção da empresa era discutida em 2015, quando ele era ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff. “A Presidência da República chegou à conclusão que, depois de muitos esforços, aquela tentativa da parceria com a Ucrânia não deu os resultados esperados. Foi tomada a decisão de encerrar e a Medida Provisória, apesar de eu não ter participado da comissão, visa exatamente tratar do espólio, das consequências do encerramento”.

A base, localizada no Maranhão, já é alvo de conversas entre Brasil e Estados Unidos. Os dois países assinaram um acordo  para o uso comercial da base. O acordo precisa ser ratificado pelo Congresso Nacional.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) frisou a importância de um acordo que, dessa vez, saia do papel e beneficie o estado. “Esperamos e sonhamos que este novo acordo que está a vir para esta Casa seja efetivado. Não seja aprovado e nenhum foguete seja lançado no espaço. Queremos que o investimento chegue no Maranhão e a tecnologia possa estar acessível ao Brasil, ao Maranhão e a Alcântara”.

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