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Após Fux, Moraes determina envio de mensagens hackeadas ao STF

Decisão foi tomada após Fux proibir a destruição das provas recolhidas pela Polícia Federal e determinar o envio do inquérito da operação Spoofing ao STF

Alexandre de Moraes: ministro deu 48h para PF entregar arquivo de hackers ao STF (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

Alexandre de Moraes: ministro deu 48h para PF entregar arquivo de hackers ao STF (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2019 às 08h50.

São Paulo - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Justiça Federal nesta quinta-feira, 1º, o envio, no prazo de 48 horas, da cópia do inquérito e todo o material apreendido na Operação Spoofing, que resultou na prisão de quatro suspeitos de hackear telefones celulares de autoridades brasileiras, entre elas o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

A decisão de Moraes foi tomada horas depois de o ministro Luiz Fux, também do Supremo, proibir a destruição das provas recolhidas pela Polícia Federal e determinar o envio do inquérito da operação Spoofing ao STF.

A determinação tira das mãos da 10ª Vara Federal do Distrito Federal e da Polícia Federal, subordinada a Moro, a exclusividade no acesso ao material apreendido. Na semana passada, Moro chegou a informar a alvos da ação dos hackers que as mensagens apreendidas seriam destruídas.

Ainda nesta quinta-feira, a Polícia Federal pediu e o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, decretou a prisão preventiva do grupo sob suspeita de hacker celulares de mais de mil autoridades dos três Poderes. A Procuradoria da República em Brasília ainda vai se manifestar.

Os investigadores defendem a manutenção da custódia de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, Gustavo Henrique Santos, o DJ Guga, sua companheira Suélen Priscila Oliveira e Danilo Cristiano Marques.

O grupo, que a PF define como "quadrilha", foi preso em regime temporário na terça-feira, 23, por ordem da 10ª Vara Federal de Brasília. Na sexta-feira, 27, o magistrado prorrogou por mais cinco dias a temporária dos quatro investigados.

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