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Marina Silva diz que Brasil votou pela mudança

Ex-senadora ficou em terceiro nas eleições presidenciais e acabou fora do segundo turno

Marina Silva (PSB) durante coletiva de imprensa após o resultado da eleição, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva (PSB) durante coletiva de imprensa após o resultado da eleição, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 22h34.

São Paulo - A ex-senadora Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro nas eleições presidenciais e acabou fora do segundo turno, afirmou que os brasileiros votaram pela "mudança" e "contra o que está errado".

"O Brasil mostrou claramente que não está de acordo com o que está aí", disse Marina, que desponttou como favorita a ir ao segundo turno junto com a presidente Dilma Rousseff logo após entrar na corrida eleitoral no lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo.

Marina, no entanto, não declarou seu apoio a nenhum candidato na próxima votação, de 26 de outubro, e disse que condicionará sua decisão ao "diálogo" sobre seu programa.

"Nosso programa é a base de qualquer diálogo para a mudança que o Brasil deseja", disse a candidata, que admitiu a possibilidade de se manter neutra, como em 2010, quando também foi terceira colocada nas eleições presidenciais, mas pelo PV.

Dilma foi a mais votada hoje, com 41,56% do total das urnas, e se disputará a presidência com Aécio Neves, que recebeu 33,58% de um total de 99,7% de votos apurados. Marina, por sua vez, teve 21,31%.

A decisão sobre apoiar ou não um candidato no segundo turno será pactuada pelos partidos políticos que a apoiaram nas eleições. Estes partidos se reunirão primeiro separadamente e depois juntos, e tomarão uma "posição conjunta" no programa de governo apresentado na campanha, segundo a ex-senadora.

Sobre sua candidatura, Marina a qualificou como "uma grande vitória" devido à "desproporcional violência" dos ataques que recebeu dos adversários, especialmente da campanha de Dilma.

Marina argumentou que seu objetivo é "melhorar a qualidade da política" baseando a governabilidade "em um programa, e não no pragmatismo".

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