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Após exoneração de Valeixo, Moro marca pronunciamento às 11h

Em meio a uma crise com o ministro Moro, Bolsonaro exonerou Mauricio Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal

Moro: ministro ameaçou deixar o cargo se não puder escolher o novo chefe da PF, dizem fontes (Adriano Machado/Reuters)

Moro: ministro ameaçou deixar o cargo se não puder escolher o novo chefe da PF, dizem fontes (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2020 às 09h03.

Última atualização em 24 de abril de 2020 às 09h26.

O presidente Jair Bolsonaro exonerou Mauricio Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal, segundo edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, em meio a uma crise com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que fará um pronunciamento no final desta manhã.

Moro ameaçou deixar o cargo se não puder escolher pessoalmente o novo chefe da PF, segundo informou à Reuters na véspera uma fonte com conhecimento do assunto.

A declaração do ministro acontecerá no auditório de sua pasta em Brasília, às 11h, informou o ministério.

De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, a exoneração de Valeixo ocorreu "a pedido". O documento não nomeia um substituto para o cargo.

Valeixo foi uma escolha pessoal de Moro e é homem de confiança do ministro, que foi juiz da primeira instância na operação Lava Jato em Curitiba quando o agora ex-diretor-geral da PF era superintendente da corporação no Paraná.

Na quinta-feira, uma fonte com conhecimento direto do assunto disse à Reuters que Valeixo deixaria o comando da Polícia Federal e que Moro trabalharia para indicar seu substituto.

De acordo com essa fonte, que falou sob condição de anonimato, o ministro não aceitaria a escolha de um nome escolhido por Bolsonaro ou uma indicação política.

Se isso ocorrer, de acordo com essa fonte, Moro deve deixar o governo.

A saída de Valeixo do comando da PF ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar a abertura de um inquérito para apurar atos organizados no domingo que pediram o fechamento da corte, do Congresso e uma intervenção militar.

Bolsonaro discursou em um dos atos em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. O presidente, no entanto, não é alvo da apuração, que será conduzida pela PF e foi requerida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O presidente também se aproximou nas últimas semanas de parlamentares do centrão, grupo de influentes partidos no Congresso e que têm parlamentares como alvo da operação Lava Jato.

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