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Após EUA revogar uso emergencial da cloroquina, Brasil diz estar confiante

O Ministério da Saúde modificou sua recomendação para incluir gestantes e crianças entre os grupos que podem usar o medicamento na fase inicial da covid-19

 (Foto/AFP)

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Clara Cerioni

Publicado em 15 de junho de 2020 às 19h29.

No mesmo dia em que a agência de controle de drogas dos Estados Unidos, a FDA (sigla em inglês), revogou o uso emergencial de cloroquina (CQ) e hidroxicloroquina (HCQ) para pacientes com covid-19, o Ministério da Saúde disse que se mantém "seguro e tranquilo sobre a recomendação precoce do medicamento" feita no mês passado pela pasta.

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, disse nesta segunda-feira, 15, que a pasta não só atesta o medicamento como, inclusive, modificou sua recomendação para incluir gestantes e crianças entre os grupos que podem usar cloroquina na fase inicial da covid-19.

A secretária criticou estudos citados pela FDA em sua decisão de revogar a autorização de uso emergencial da cloroquina e da hidroxicloroquina, dizendo que são de "péssima qualidade".

Segundo ela, estudos com qualidade metodológica levam tempo para ser realizados, e durante o enfrentamento a uma pandemia como a do novo coronavírus não se pode "perder tempo aguardando resultado de estudos".

A FDA determinou, nesta segunda-feira, que "é improvável que a CQ e a HCQ sejam eficazes no tratamento a covid-19 para os usos autorizados nos EUA". O órgão afirmou que "à luz dos eventos adversos cardíacos graves e outros efeitos colaterais graves, os benefícios conhecidos e potenciais de CQ e HCQ não superam mais os riscos conhecidos e potenciais para o uso autorizado".

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