Brasil

Após denúncia de corrupção, Dilma muda comando de campanha

Segundo jornal, Miguel Rossetto assume a coordenação da campanha para minimizar danos provocados pela delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre esquema bilionário


	Dilma Rousseff participa de desfile em comemoração ao 7 de setembro
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma Rousseff participa de desfile em comemoração ao 7 de setembro (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 11h42.

São Paulo – O depoimento bombástico do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa - que apontou o envolvimento de políticos do alto escalão do governo e do Congresso em bilionário esquema de corrupção - já teve reflexo direto na campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a presidente decidiu mudar o comando de sua campanha. A partir de hoje, o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) pode assumir a coordenação geral, que hoje é exercida exclusivamente por Rui Falcão, presidente do PT, e Giles Azevedo, que foi chefe de gabinete da presidente.

Em resposta a EXAME.com, a assessoria de imprensa de Dilma confirmou a entrada de Rossetto na campanha, mas não soube detalhar qual função o ministro ocupará. 

De acordo com o jornal, a mudança teria o objetivo de diluir o poder de Falcão, para evitar associações com a imagem do tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, que aparece na denúncia de Costa como o responsável por fazer a ponte entre o propinoduto da estatal e o PT. A assessoria nega que Rui Falcão deixará seu atual posto.

As denúncias de Paulo Roberto Costa contra três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais foram reveladas na edição deste fim de semana de VEJA.

O momento é extremamente delicado para Dilma Rousseff, com o desponte de Marina Silva nas pesquisas eleitorais, acusações a aliados diretos do governo e ao ministro de Minas e Energia Edison Lobão - que se tornam em munição para ataques pesados de Aécio Neves (PSDB). Assim, Rossetto deve assumir com “autoridade” e “autonomia” para tomar decisões estratégicas, segundo O Globo.

Ainda de acordo com o jornal, a nova estratégia que deve ser adotada pela campanha é a polarização dos ataques com a candidata Marina Silva (PSB), uma vez que o então presidenciável Eduardo Campos – morto em 13 de agosto – também está entre os citados por Costa.

*Matéria atualizada às 11h40 para incluir posicionamento da assessoria de campanha de Dilma Rousseff

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoDilma RousseffEleiçõesEleições 2014EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoPartidos políticosPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho