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Após denúncia da PGR, Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro: 'Estamos juntos, presidente'

Governador de São Paulo saiu em defesa de padrinho político, a quem se referiu como 'principal liderança política do Brasil'

Agência o Globo
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Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 10h08.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 10h16.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) que imputou a ele por tentativa de golpe de Estado. O governador afirmou que Bolsonaro "jamais compactuou com qualquer movimento contra o Estado democrático de direito", e chamou o ex-chefe de Estado de "presidente".

"Jair Bolsonaro é a principal liderança política do Brasil. Este é um fato. Jair Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do estado democrático de direito. Este é outro fato. Estamos juntos, presidente", escreveu em suas redes sociais.

Tarcísio foi o primeiro governador alinhado ao ex-presidente a comentar sobre a denúncia. Horas antes da apresentação pela PGR, Tarcísio voltou a negar intenção de se candidatar a presidente em 2026. Ele publicou em suas redes sociais o trecho de uma entrevista concedida à revista “Oeste” para reafirmar seu apoio ao ex-presidente, a quem chamou de “meu candidato”.

"Eu tenho uma admiração e uma amizade profunda com o presidente Bolsonaro. Foi a pessoa que me abriu as portas. Bolsonaro é o detentor do capital político, então a direita tá com Bolsonaro. É o grande líder da direita, é a grande referência, construiu esse capital", disse Tarcísio.

A denúncia assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet foi remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta terça-feira, 18, e além de Bolsonaro, foram denunciados também o ex-ministro Braga Netto e mais 32 pessoas por participação em uma trama golpista para manter o ex-presidente no poder após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. A Primeira Turma da Corte vai decidir se aceita a denúncia ou não após ela ser liberada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a acusação, Bolsonaro cometeu os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A defesa de Bolsonaro afirmou, em nota, que recebeu a denúncia com "estarrecimento e indignação" e se referiu a ela como "inepta". "O Presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam. A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa", destacou a defesa.

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