Agência de notícias
Publicado em 18 de setembro de 2024 às 16h58.
Última atualização em 18 de setembro de 2024 às 17h00.
Após período de muito calor em grande parte do país, a chuva chegou a algumas regiões do Brasil nesta semana. O clima menos seco no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso e São Paulo contribuiu para a redução dos incêndios e consequente melhora da qualidade do ar. Por outro lado, a seca ainda afeta a Amazônia e Brasília.
Na semana passada, São Paulo chegou a ficar na primeira colocação de poluição em uma lista de monitoramento da qualidade do ar das 120 maiores metrópoles do mundo, feito pela empresa suíça IQAir. Na tarde desta quarta, após chuvas e redução de queimadas no estado, a capital paulista figura na 37ª colocação. Agora, a pior colocação é de Lahore, no Paquistão.
Por outro lado, Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), que vêm apresentando os piores índices de poluição do Brasil, continuam com índices alarmantes. Porto Velho está com índice 246, que significa ar "muito insalubre", e Rio Branco 197, da categoria "insalubre". Nessas duas cidades havia previsão de chuva nesta semana, mas a quantidade de fogo ainda é alta.
Em São Paulo e no Rio a temperatura reduziu bastante após período de onda de calor, e houve chuvas isoladas nos últimos dias. Macapá, Belém, Cuiabá e Vitória são outras capitais com previsão de precipitação na semana.
Em relação a uma semana atrás, o número de focos de incêndio se reduziu em mais de 80% no estado de São Paulo. Na segunda (16), segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), havia 100 focos de incêndio no estado. Quatro dias antes os focos eram 718. No mesmo período, o número de focos no Rio diminuiu 95%.
Segundo o MetSul, o auge da estação seca no Brasil acontece em agosto e no começo do mês de setembro. Na segunda quinzena de setembro, historicamente, a chuva começa lentamente a retornar para as áreas secas do Centro do Brasil, que vêm sofrendo com queimadas.
A empresa de meteorologia indica que deve chover nos próximos 15 dias em pontos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Entretanto, as precipitações em muitas áreas "devem ser mal distribuídas e em baixo volume". A maior concentração de precipitações, por sua vez, deve ocorrer na região Sul.
Os incêndios acontecem em meio à segunda maior seca já registrada na capital, que está a 148 dias sem chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas em Brasília nesta semana.
Em função dos incêndios, a região central da capital federal amanheceu sob a névoa de fumaça e fuligem nas manhãs desta segunda, terça e quarta-feira.
Por causa da condição do ar, a Secretaria de Saúde suspendeu as aulas em escolas pelo terceiro dia seguido. A Universidade de Brasília (UnB) também suspendeu as atividades presenciais pelo segundo dia.