Brasil

Após chuvas, Alto Tietê sobe pela 1ª vez no ano

Já o Cantareira caiu pelo 11º dia


	Leito da Represa do Rio Jacareí: o Cantareira sofreu a sua 11ª queda consecutiva nesta quinta
 (Nelson Almeida/AFP)

Leito da Represa do Rio Jacareí: o Cantareira sofreu a sua 11ª queda consecutiva nesta quinta (Nelson Almeida/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 14h25.

O segundo maior manancial paulista, o Sistema Alto Tietê, registrou pela primeira vez em 2015 aumento no volume armazenado de água, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) desta quinta-feira, 22.

Além dele, o nível nos Sistemas Rio Grande e Claro também subiu, enquanto os demais reservatórios - incluindo o principal manancial de São Paulo, o Cantareira - voltaram a sofrer queda.

Responsável por abastecer 3,5 milhões de pessoas, o Alto Tietê teve aumento de 0,1 ponto porcentual no volume de água represada e opera nesta quinta com 10,1%, ante 10% do dia anterior.

Sobre a região dos seus reservatórios, a pluviometria do dia registrada foi de 9,2 milímetros, a segunda maior neste ano. Já o volume acumulado, a pouco mais de uma semana para o fim do mês, é apenas de 41,7 mm: cerca de 16,5% da média histórica de janeiro.

O atual cálculo da Sabesp para o volume de água no Alto Tietê considera 39,4 bilhões de litros de água do volume morto, adicionados em dezembro.

Desde o início do ano, o reservatório já registrou queda de 2 pontos porcentuais, ao todo, e o agravamento da crise obrigou a Sabesp a reverter o "socorro" que o manancial prestava a bairros como Cangaíba, Penha e Tatuapé, na zona leste, que voltaram para a área de abrangência do Cantareira.

Por sua vez, os Sistemas Rio Claro e Rio Grande, que juntos atendem 2,7 milhões de habitantes, tiveram aumento de 2,9 pontos e 0,5 ponto porcentual, respectivamente.

Sobre o Rio Claro, choveu 109 milímetros - cerca de 87,4% de toda a chuva registrada durante o mês - o reservatório saltou de 22% para 24,9%. Já o Rio Grande foi de 68,6% para 69,1% após 43,6 milímetros de chuvas.

Quedas

Principal manancial de São Paulo, o Cantareira sofreu a sua 11ª queda consecutiva nesta quinta, de acordo com dados da Sabesp. Os reservatórios operam com 5,4%: 0,1 ponto porcentual a menos do que no dia anterior, quando estava com 5,5%.

A companhia já considera no cálculo duas cotas do volume morto, de 182,5 bilhões e de 105 bilhões de litros de água, acrescentadas em maio e outubro, respectivamente.

O volume de chuva sobre o Cantareira foi de 3,4 mm nas últimas 24 horas. Já a pluviometria acumulada do mês é de 64,3 mm, o que representa apenas 33,5% do volume esperado para o período, caso a média histórica de janeiro, de 8,7 mm por dia, estivesse se repetindo. Em 2015, o nível dos seus reservatórios só se manteve estável por quatro dias - nos demais, houve queda.

Após 14,2 mm de chuvas, o Guarapiranga sofreu baixa semelhante ao Cantareira, de 0,1 ponto porcentual. O manancial está com 38,1% da sua capacidade, contra 38,2% no dia anterior.

Já no Sistema Alto Cotia, o menor dos mananciais, a queda foi de 0,3 ponto porcentual e o reservatório opera com 27,9% do volume armazenado de água.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaChuvasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasSabespSaneamentoServiços

Mais de Brasil

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU

Dilma Rousseff é internada em Xangai após mal-estar