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Após chuvas, 30 casas no Complexo do Alemão serão demolidas

De acordo com o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, a vistoria no fim de semana foi uma demanda da própria comunidade


	Palmeiras, no Complexo do Alemão: a Casa Civil municipal informou hoje que cerca de 30 casas da localidade de Palmeiras terão que ser demolidas
 (Agência Brasil / Foto repórter Cristina Índio)

Palmeiras, no Complexo do Alemão: a Casa Civil municipal informou hoje que cerca de 30 casas da localidade de Palmeiras terão que ser demolidas (Agência Brasil / Foto repórter Cristina Índio)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 18h56.

Rio de Janeiro – Após vistoria da Defesa Civil e da Fundação Instituto de Geotécnica (GeoRio) feita ontem (15) em áreas do Complexo do Alemão afetadas pelas fortes chuvas da semana passada, a Casa Civil municipal informou hoje (16) que cerca de 30 casas da localidade de Palmeiras terão que ser demolidas.

De acordo com o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, a vistoria no fim de semana foi uma demanda da própria comunidade.

“Ontem, eu pessoalmente estive no Alemão, a gente tinha uma informação de que lá teria uma quantidade muito grande de desabrigados. Estive lá com a Defesa Civil, com toda a equipe da prefeitura, a Defesa Civil fez um rastreamento, vistoriou, verificou cada uma daquelas casas que as pessoas apontavam ter risco de desabamento”.

Na semana passada, pelo menos sete casas desabaram na localidade de Palmeiras. Carvalho garantiu que os donos dessas casas não ficarão desamparados. “Não deve passar de 30 casas que vão ter que entrar no aluguel social ou reencaminhamento para o Bairro Carioca, que fica ali em Triagem, ou um outro empreendimento do Minha Casa, Minha Vida”, disse, ao participar da entrega do Prêmio Rio+Empreendedor.

O número de famílias em abrigos da prefeitura chegou a 200 na última semana, e hoje está em torno de 70, segundo o secretário. “O nosso sistema funciona, alertas, sirenes, os pluviômetros. Quando há necessidade das pessoas saírem de suas casas, elas buscam esses abrigos que são oferecidos pela prefeitura. Muitas vezes as pessoas, sem qualquer tipo de risco, saem das casas, por causa do receio. [as pessoas] Aproveitam esse abrigamento também para retardar um pouco mais, para voltar melhor para sua casa.”

Carvalho explica que várias melhorias estão sendo feitas desde 2010 para enfrentar as chuvas de verão, mas é impossível anular completamente os transtornos.

“É sempre um período difícil. Você imagina uma cidade dessa, 44% dela são uma floresta urbana, a declividade que tem, dois imensos maciços, mais de 200 rios, é uma cidade que tem, evidentemente, transtornos por conta das chuvas todo ano. O que importa é os investimentos em infraestrutura seguirem, prevenção, dragagem desses rios, que nós estamos fazendo, limpeza de bueiros, já diminuiu o transtorno. Não adianta a gente imaginar que vai ter chuva e que não vai encher a cidade, que não vai ter transtorno na cidade. Terão. Quem acha que nós vamos chegar num ponto que não teremos transtornos, esquece”.

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