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Após chuva, São Paulo registrou mais imóveis sem luz que a Flórida, atingida pelo furacão Milton

Moradores da capital e da região metropolitana paulista sofrem com falta de energia elétrica desde a noite de sexta-feira

Agência o Globo
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Publicado em 13 de outubro de 2024 às 11h42.

Menos de 24h depois do temporal que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, a capital e os municípios vizinhos chegaram a registrar mais residências sem luz que o estado americano da Flórida, atingido nesta semana pelo furacão Milton. A passagem do evento climático extremo pelos Estados Unidos deixou pelo menos 16 mortos, enquanto em São Paulo sete pessoas morreram em decorrência dos estragos causado pelas chuvas.

Em um boletim emitido ontem às 15h pela distribuidora Enel, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na área afetada pela tempestade em São Paulo, foi comunicado que 1,45 milhão de casas estavam no escuro na tarde deste sábado, 12. Na manhã deste domingo, 13, são 900 mil.

No mesmo período, cerca de três dias após a passagem do furacão Milton, 1,35 milhão de residências relatavam estar sem luz na Flórida, de acordo com o site de monitoramento United States Power Outage. Já na manhã deste domingo, ambas regiões contabilizaram aproximadamente 900 mil residências sem luz cada.

Em São Paulo, a Enel afirma, em nota encaminhada ao GLOBO neste domingo, que as chuvas deixaram no escuro cerca de 2,1 milhões de clientes desde sexta-feira. No entanto, a concessionária teria conseguido restabelecer o serviço para mais de 1,2 milhão de clientes até o momento.

A empresa havia informado ontem que o impacto do apagão era mais crítico em bairros da Zona Sul da capital paulista. Na região metropolitana, os municípios mais afetados foram São Bernardo do Campo com 60,4 mil unidades, Cotia com 59 mil e Taboão da Serra com 55,5 mil.

Já na última quinta-feira nos Estados Unidos, no dia seguinte à chegada de Milton na Flórida, mais de 3 milhões de pessoas estavam sem eletricidade — além da destruição de casas e construções, e de ter derrubado árvores, as tempestades também afetaram algumas linhas de energia. Segundo o governo americano, a passagem do furacão deixou pelo menos 16 mortos e danos estimados em mais de U$ 50 milhões.

Mortes causadas pelo temporal em SP

Já a Defesa Civil de São Paulo informou também que as chuvas que atingiram o estado nesta sexta-feira causaram a morte de sete vítimas. Em Bauru, a queda de um muro atingiu três pessoas e deixou uma mulher, uma criança e um idoso mortos. O temporal na cidade também provocou a queda de quatro árvores, e uma delas atingiu um asilo.

Além disso, duas pessoas morreram em decorrência de um muro caído no município de Cotia. As vítimas haviam sido socorridas inicialmente em estado grave e foram encaminhadas para um hospital na região, mas não resistiram. As fortes chuvas seguidas de intensa ventania, com ventos de mais de 100 km/h, provocaram também uma morte no bairro do Casa Grande, em Diadema, município da Região Metropolitana

No Campo Limpo, região sul da capital, o tombamento de uma árvore atingiu duas pessoas. Uma delas morreu no local e a outra foi levada pelo SAMU para um hospital da região, segundo o Corpo de Bombeiros. Durante a madrugada, a corporação registrou 142 chamadas por conta da queda de árvores.

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