Sorocaba: cidade raciona água, pois duas represas particulares não fornecem o suficiente (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2014 às 18h49.
Sorocaba - Desde a manhã desta segunda-feira, 7, bairros da zona leste da cidade de Sorocaba (SP) estão recebendo água em horários alternados.
O racionamento foi adotado depois que a água captada em duas represas particulares não foi suficiente para elevar o nível do reservatório do Ferraz, que abastece as regiões do Éden e de Aparecidinha, onde vivem pelo menos 60 mil habitantes.
Com o volume cedido por particulares, o reservatório chegou a subir 28 centímetros, mas o calor no final de semana elevou o consumo e fez o nível baixar novamente.
O abastecimento está sendo interrompido das 6 às 18 horas em dezesseis bairros da região de Aparecidinha e das 18 às 6 horas em dezessete comunidades na área do Éden.
Conforme o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), a medida é necessária para evitar que a falta de água se torne generalizada na região.
O rodízio será suspenso assim que as condições hídricas melhorarem. No restante da cidade, abastecido pela Represa de Itupararanga, o fornecimento de água segue normal.
A estiagem prolongada, com chuvas abaixo do normal desde janeiro, já comprometeu o abastecimento em outras nove cidades das regiões de Sorocaba e Campinas.
Em Itu, desde o final de junho, a cidade toda está sendo abastecida em dias alternados. A represa do Itaim, principal reservatório da cidade, atingiu o nível histórico mais baixo, com 4% da capacidade.
Em Saltinho, a população tem abastecimento seis horas por dia. São Pedro, Cosmópolis, Valinhos, Santo Antônio de Posse, Rio das Pedras, Vinhedo e Cordeirópolis também adotaram o racionamento em razão da estiagem.
Poluição
Em Salto, região de Sorocaba, a seca provocou forte queda no nível do Rio Tietê, agravando a poluição na área central da cidade, cortada pelo rio.
No salto, principal atração turística, a queda d'água quase desapareceu, expondo rochas e pedras que não eram vistas havia décadas. O nível do Tietê no trecho está cinco metros abaixo do normal nesta época.
Com a concentração da poluição, forma-se espuma e o mau cheio volta a incomodar os moradores.