Brasil

PM reprime protesto de estudantes na Avenida Paulista

Estudantes contra a reorganização das escolas: houve confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo


	Estudantes contra a reorganização das escolas: houve confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo
 (Rovena Rosa/Agência Brasi)

Estudantes contra a reorganização das escolas: houve confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo (Rovena Rosa/Agência Brasi)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 11h03.

São Paulo - A Tropa de Choque da Polícia Militar reprimiu novamente a manifestação de universitários da Universidade de São Paulo (USP) com bombas de feito moral e gás lacrimogêneo.

Os estudantes protestavam no cruzamento da Avenida Paulista e com a Consolação, por volta das 11h, quando os policiais começaram a atirar bombas.

Mais cedo, às 9h, a PM também atirou bombas na direção dos estudantes que protestavam pacificamente. O grupo de aproximadamente 100 pessoas é contrário à reorganização escolar promovida no ensino básico estadual, que levará ao fechamento de 93 escolas.

Eles iniciaram a manifestação por volta das 7h30 na USP e percorreram cerca de 15 quilômetros, bloqueando vias como a Avenida Rebouças, Avenida Paulista Avenida Vital Brasil e Rua do Alvarenga. O grupo seguia, por volta das 11h30, pela Consolação.

Flávia Toledo, estudante da USP e diretora do Centro Acadêmico de Letras, explica que os estudantes de licenciatura estão preocupados com o futuro profissional.

“Diversos estudantes de letras querem ser professores da rede estadual, então, defender a educação, que é um princípio básico, é também defender os nossos empregos. Há também o fato de que a universidade está sendo desmontada pelo governo estadual. O projeto de reorganização escolar é o mesmo de reestruturação da universidade, o que na verdade é a mesma precarização da educação”, disse.

Cícera Maria do Nascimento, dona de casa, voltava do hospital quando parou para apoiar a manifestação na Avenida Paulista. “Eu apoio os estudantes, acho muito ruim fechar escolas. Eu tenho filho que é aluno e vai ter que mudar de escola em Itaquaquecetuba”, disse ela.

Veja o momento em que os políciais atiram nos estudantes:

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEnsino superiorFaculdades e universidadesPolícia MilitarPolítica no BrasilProtestosUSP

Mais de Brasil

Nunes tem 23%, Boulos, 22%, e Marçal, 22%, em SP, diz agregador EXAME/IDEIA

Após X indicar representante legal, Moraes dá 5 dias para rede enviar mais informações ao STF

Eleições 2024: o poder do voto feminino em SP — e as últimas pesquisas na capital após cadeirada

Brasil condena bombardeio no Líbano por Israel e pede cessar-fogo