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Após 27 homens, Bolsonaro nomeia quatro mulheres para equipe de transição

Presidente eleito anunciou três mulheres militares e uma doutora em economia, inaugurando mulheres em sua equipe de transição de governo

Presidente eleito Jair Bolsonaro conversa com vice-presidente eleito Hamilton Mourão durante sessão do Congresso Nacional: algumas mulheres na equipe de transição (Adriano Machado/Reuters)

Presidente eleito Jair Bolsonaro conversa com vice-presidente eleito Hamilton Mourão durante sessão do Congresso Nacional: algumas mulheres na equipe de transição (Adriano Machado/Reuters)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 12h53.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 13h03.

São Paulo - Após o anúncio de 27 homens para compor a equipe de transição de governo e o estranhamento causado pela falta de diversidade de gênero, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve incluir quatro mulheres nessa equipe.

Os nomes foram levantados ontem (6) e devem ser publicados no Diário Oficial da União nos próximos dias. Três estão ligadas ao Exército. As quatro mulheres que farão parte da transição:

  • Clarissa Costalonga e Gandour - Doutora em economia, com ênfase em desenvolvimento econômico, pela PUC-Rio;
  • Liane de Moura Fernandes Costa - Ex-tenente do Exército, formada em engenharia ambiental pela Fundação Universidade Federal do Tocantins;
  • Márcia Amarílio da Cunha Silva - Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e especialista em segurança pública;
  • Silvia Nobre Waiãpi - Tenente do Exército, primeira militar indígena a integrar as Forças Armadas.

Dos 27 nomes que constam da lista, 22 são indicados pela transição e cinco pelo governo de Michel Temer, por já serem servidores públicos.

Entre os nomeados para a equipe que comandará a transição estão Paulo Guedes, futuro ministro da Economia; Marcos Pontes, já confirmado no Ministério de Ciência e Tecnologia; e general Augusto Heleno, que assumirá a Defesa.

Há uma cobrança para que o governo de Bolsonaro também tenha mulheres nos ministérios, uma obviedade em termos de diversidade em qualquer grupo, empresa ou governo no século 21.

Questionado se haveria mulheres nos ministérios - já que, dos nomes apresentados até então, só havia homens -, Bolsonaro respondeu que "com certeza" seu ministério terá participação de mulheres. Disse que não trocaria nomes já anunciados "só porque é mulher" porque ainda há muitas vagas a serem preenchidas e haverá espaço para um nome feminino.

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