Neudo Ribeiro Campos (PP): TCU concluiu que Campos não foi capaz de explicar as irregularidades encontradas em um contrato de R$ 2,7 milhões (Divulgação/PP)
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2015 às 21h48.
Brasília - O ex-governador de Roraima Neudo Ribeiro Campos (PP) foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao pagamento de R$ 2,6 milhões, por conta de irregularidades cometidas durante a sua gestão à frente do Estado, no ano de 2001.
A penalidade contra o ex-governador inclui ainda a aplicação de uma multa de R$ 270 mil. Os valores deverão ser corrigidos.
Neudo Ribeiro Campos, que à época era filiado ao PPB, foi condenado por irregularidades cometidas em obras contratadas para a BR-174, rodovia que corta o Estado de Roraima e avança até a fronteira com a Venezuela.
Depois de ouvir o ex-governador, o TCU concluiu que Campos não foi capaz de explicar as irregularidades encontradas em um contrato de R$ 2,7 milhões.
As cobranças apresentadas pelo TCU também deverão ser quitadas pelo então diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Roraima (DER/RR), além do chefe do 1º Distrito Rodoviário Federal do DNER, Wellington Lins de Albuquerque. O DNE foi extinto e teve as suas atribuições assumidas pelo atual DNIT.
Segundo o TCU, houve omissões de prestação de contas em termos aditivos do contrato, além de irregularidades nos dados apresentados para justificar as obras e serviços executados.
No ano passado, Neudo Ribeiro Campos chegou a tentar se candidatar ao governo de Roraima, mas teve o seu registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). Segundo o tribunal, Campos foi impedido de se candidatar por conta de condenação por peculato (crime contra a administração pública) pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região e também, além de ter as contas rejeitadas pelo TCU.
O então candidato ao cargo de vice-governador, Paulo César Quartiero (DEM), também teve o registro indeferido em razão de compor a chapa de Neudo Campos. As multas e os valores que devem ser devolvidos serão depositados na conta do Tesouro Nacional.