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Apoio de tucanos a Temer não deve ser "irrevogável", diz Doria

O prefeito de São Paulo disse que se houver uma situação que implique Temer numa "culpa flagrante", o partido deve reavaliar o apoio ao governo

João Doria: o prefeito está no Rio para um encontro de empresários no Copacabana Palace (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

João Doria: o prefeito está no Rio para um encontro de empresários no Copacabana Palace (Prefeitura de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2017 às 16h57.

Rio - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 19, no Rio, que o limite do apoio de seu partido ao presidente Michel Temer é "a culpabilidade", e que este não deve ser "irrevogável" nem "interminável".

O tucano está na cidade para um encontro de empresários no Hotel Copacabana Palace.

"Se houver uma situação que implique o presidente Temer numa culpa flagrante, evidentemente que o PSDB deve reavaliar esse apoio. Mas enquanto isso o PSDB não pode precipitar um juízo, e jogar para o alto uma circunstância em que você tem que defender o Brasil e, sobretudo, os brasileiros", disse o prefeito.

Ele declarou que o interesse nacional deve estar acima do partidário.

"Você não pode ter uma atitude apenas partidária, ainda que com toda a legitimidade. Você tem que ter o pensamento no Brasil. É o que eu defendo".

O prefeito ressalvou em seguida:

"Mas não é um aval interminável, um cheque para ser descontado a qualquer hora. Diariamente há se fazer uma revisão disso. Enquanto merecer a estabilidade governamental, com os ministros do PSDB, a meu ver o PSDB deve oferecer essa garantia. Mas não é em caráter irrevogável e interminável. Não se trata de fazer um jogo para defender a estabilidade partidária e a biografia partidária, e sim pela biografia do país".

Sobre as eleições presidenciais de 2018, repetiu o discurso que vem fazendo de que não se deve antecipar nomes.

"Não me apresento como candidato. Ser um bom prefeito é uma boa contribuição para a democracia brasileira. Não creio que seja a hora de tratar desse assunto, e sim de tratar do Brasil".

Críticas

Doria voltou a criticar hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"É o maior sem-vergonha do País", afirmou.

"Ele vem querer dar aula de moralidade... Só se for de imoralidade. É um cara de pau, deu entrevista dizendo que o Brasil precisa do PT. Treze anos de PT quase transformaram essa geração de jovens em frustrados, desesperançosos. Os jovens não querem o país nas mãos de populistas outra vez", declarou Doria.

Ele fez um balanço de seus primeiros seis meses na prefeitura, destacando programas como o Corujão da Saúde e o Cidade Linda.

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