Imagem de arquivo do acampamento de Lula: Vigília pede doações para conseguir se manter em frente à PF de Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Naiara Albuquerque
Publicado em 9 de novembro de 2018 às 14h21.
Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 14h47.
São Paulo - Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desmontaram, na última quinta-feira, 8, o acampamento Marisa Letícia, que fica a um quilômetro da sede da Polícia Federal de Curitiba.
O acampamento mantinha atividades políticas e culturais desde a data da prisão de Lula, que aconteceu em 7 de abril de 2018. Lula foi condenado a cumprir a pena de doze anos e um mês de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção.
A decisão foi tomada por segurança e falta de dinheiro, segundo nota do acampamento publicada pelo UOL. "Por medida de segurança, uma vez que já sofremos sete atentados e responderemos a quatro processos judiciais, ainda hoje sofremos diversas ameaças, e por cortes de gastos e por número reduzido de pessoas, o acampamento opta em transformar a luta do espaço físico fixo para uma luta itinerante e virtual".
A reportagem tentou contato com o acampamento, mas, até o momento do fechamento deste texto, não obteve resposta.
A página Vigília Lula Livre explicou a EXAME que o movimento da vigília funciona de forma separada do acampamento e que tem "autonomia e coordenação própria".
Em nota divulgada no Facebook, a página disse que os apoiadores "continuam em terreno particular alugado na frente da Superintendência da Polícia Federal" e que as atividades da Vigília Lula Livre "seguem normalmente".
No mesmo comunicado, apoiadores do movimento pediram doações para se manter no local, que variam de R$25, R$50, R$100, R$500, R$1000, R$2000 ou até mesmo um valor superior. As doações podem ser feitas de forma única ou mensal.