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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - A quantidade de imóveis residenciais novos comercializados na cidade de São Paulo (SP) ao longo do segundo trimestre foi a menor dos últimos quatro anos. Em relação ao segundo trimestre de 2009, a queda foi de 10,4% e, na comparação com 2008, de 20,5%.
Mesmo assim, o desempenho do setor durante o primeiro semestre foi positivo, o que levou o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), João Crestana, a refutar um eventual desaquecimento do mercado.
De acordo com Crestana, o resultado do segundo trimestre foi fortemente afetado pela Copa do Mundo e parte dos negócios não consumados durante o período do evento esportivo será fechada neste segundo semestre.
De acordo com o balanço divulgado hoje (19) pelo Secovi, entre janeiro e junho deste ano foram vendidas 17 mil unidades na capital paulista, abaixo apenas do volume negociado no mesmo período de 2008, quando foram comercializados 19.224 imóveis. Já em comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram vendidas 14.368 unidades, o incremento é de 18,4%.
Segundo o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, a expectativa da entidade é de que o resultado anual supere o dos anos anteriores já que, historicamente, a maior parte dos lançamentos imobiliários ocorre durante o segundo semestre.
"Se apenas repetirmos neste segundo semestre o resultado do mesmo período de 2009, iremos superar inclusive os números de 2007, quando foi registrado o melhor resultado histórico", disse Petrucci. Naquele ano foram comercializados 36,6 mil imóveis. A expectativa do Secovi é de que, em 2010, este número chegue a 37,5 mil. Para atingir este montante, as incorporadoras precisam disponibilizar ao mercado, pelo menos, 24 mil novas unidades, motivo pelo qual Crestana alerta para a necessidade de a prefeitura paulista reduzir a burocracia na aprovação de projetos imobiliários.
Os dados do Secovi revelaram a maior participação dos imóveis com área útil de até 130 metros quadrados (m²), que representaram 86,9% das unidades comercializadas. A entidade destacou ainda o contínuo crescimento da procura por imóveis entre 46 m² e 65 m².
"Há alguns anos, 60% das vendas eram de imóveis de quatro dormitórios. Agora, com o crédito imobiliário facilitado, o mercado passou a atender à grande massa da população que antes estava nas classes D e E e que vem ascendendo para a classe C", declarou Crestana, apontando que, apesar dos avanços, o volume de recursos destinados ao crédito habitacional ainda é pequeno.
A má notícia para quem pretende comprar um imóvel, segundo a entidade, é que o preço médio do metro quadrado de área útil continua subindo acima da inflação. Enquanto o IPCA subiu 29,7% entre janeiro de 2005 e junho de 2010, os preços do metro quadrado em São Paulo subiram 37,4%.
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