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Apesar de ações de Doria, dependentes voltam à antiga Cracolândia

Os usuários de droga, que haviam se espalharam por vários pontos do centro de SP após diversas intervenções da PM, agora retornaram ao antigo fluxo

Cracolândia: a maioria se dirigiu à Alameda Cleveland, próximo ao cruzamento com a Rua Helvétia (Paulo Whitaker/Reuters)

Cracolândia: a maioria se dirigiu à Alameda Cleveland, próximo ao cruzamento com a Rua Helvétia (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 10h02.

São Paulo - Um mês após a megaoperação das Polícias Civil e Militar para combater o tráfico de drogas na região central de São Paulo, dependentes químicos deixaram na noite desta quarta-feira, 21, a Praça Princesa Isabel, que era desde 21 de maio o novo endereço da Cracolândia.

A maioria se dirigiu à Alameda Cleveland, próximo ao cruzamento com a Rua Helvétia, onde se localizava o antigo "fluxo".

A Polícia Militar informou que não realizou nenhum tipo de operação na Praça Princesa Isabel e que mantém o patrulhamento reforçado na região na manhã desta quinta-feira, 22.

Segundo a PM, um dos motivos da migração dos usuários de droga foia instalação de novas luzes no local. Ainda conforme a corporação, os dependentes químicos avaliaram que a praça ficou muito clara e decidiram por conta própria sair.

Em 21 de maio, 900 policiais, entre civis e militares, participaram da operação na Cracolândia e prenderam 38 traficantes. A polícia desmontou as 34 barracas da feira de drogas que funcionava na área e comercializava 19 quilos de crack diariamente.

Na ocasião, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou a afirmar que não havia possibilidade de voltar "a Cracolândia na circunstância que havia anteriormente nessa região da Luz".

No mesmo dia, os usuários de droga se espalharam por vários pontos da região central e se estabeleceram na Praça Princesa Isabel.

Três semanas depois, o local foi alvo de outra operação policial com o objetivo de expulsar os dependentes químicos da região - que chegavam a 900 durante a noite -, retirar as tendas e barracas usadas pelo tráfico e tentar encaminhar os usuários para o tratamento.Algumas horas após a ação, no entanto, os usuários voltaram a ocupar a praça.

Uma das estratégias da Prefeitura para tentar retirar os dependentes químicos do local foi a instalação de um centro emergencial com contêineres em um estacionamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Rua General Couto de Magalhães, a 750 metros da Princesa Isabel.

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