Brasil

Aperto ao crédito reduz intenção de compras em SP

Intenção de Consumo das Famílias caiu 3,8% em relação a dezembro na cidade

O grupo de bens duráveis foi o que teve a maior retração no mês (Lia Lubambo/ EXAME)

O grupo de bens duráveis foi o que teve a maior retração no mês (Lia Lubambo/ EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 17h09.

São Paulo – A política do Banco Central de elevar o depósito compulsório dos bancos, que retirou cerca de 60 bilhões de reais da economia, encareceu o custo do crédito e provocou a queda da intenção de compras das famílias paulistanas, segundo levantamento divulgado hoje (20) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 3,8% em janeiro e passou de 147,2 pontos em dezembro para 141,6. De acordo com a consulta feita com 2,2 mil consumidores no município de São Paulo, houve alta de 2,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a pesquisa, todos os itens de consumo avaliados tiveram redução na intenção de compra. O grupo de bens duráveis lidera a lista, com queda de 8,1% ante dezembro. Entre as famílias que declararam maior redução da intenção de compra estão as com renda abaixo de dez salários mínimos (10,1%). No acesso a crédito, as famílias com renda acima de dez salários mínimos registraram queda de 6,4%.

O estudo mostrou ainda que a satisfação com o emprego atual diminuiu 2,3% e a renda atual teve redução de 1,1%. O nível de consumo atual caiu 4,4% e a perspectiva de consumo, 3,6%. De acordo com a Fecomercio-SP, isso se deve ao peso das despesas tradicionais do mês de janeiro.

“É importante analisar o próximo mês para saber o impacto positivo que o reajuste do salário mínimo causará no humor das famílias paulistanas. De qualquer forma, o cenário para este ano é de menos otimismo pelas políticas adotadas pelo governo para conter a inflação, que combinará na redução do ritmo de crescimento do país e níveis mais contidos na geração de emprego e renda”, informou a entidade em nota.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasConsumoCréditoMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas