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Apenas 14 deputados foram indicados para comissão de Temer

Partidos de oposição estão resistentes a dar encaminhamento ao processo e justificam que deputados da bancada não querem fazer parte do colegiado


	Michel Temer: até o momento, só sete legendas fizeram indicações para a comissão do impeachment
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Michel Temer: até o momento, só sete legendas fizeram indicações para a comissão do impeachment (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2016 às 18h25.

Brasília - Apenas 14 dos 66 deputados que devem compor a Comissão Especial do Impeachment do vice-presidente Michel Temer na Câmara foram indicados pelos líderes das bancadas até a tarde desta sexta-feira, 8.

Partidos de oposição estão resistentes a dar encaminhamento ao processo e justificam que deputados da bancada não querem fazer parte do colegiado.

Até o momento, só sete legendas fizeram indicações para a comissão. São elas: PT, PCdoB, PEN, Rede Sustentabilidade, PSOL, PTdoB e PMB. Entre a siglas que compõem a base do governo, PSD, PR e Pros também não fizeram indicações.

O Bloco da Maioria, que tem direito a 26 vagas na comissão fez apenas uma indicação, a do deputado Junior Marreca (PEN-MA).

Já o bloco de oposição, composto por PSDB, PSB, PPS e PV não fez indicações, assim como PDT e PSL. O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que consultou a bancada sobre as indicações e que ninguém quis participar do colegiado.

"Não tem ordem judicial que vá obrigar deputado, seja do meu partido, seja do PMDB, do PSDB, seja de que partido for, a integrar uma comissão. Ninguém vai para uma comissão sob vara", disse.

O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cumpre decisão do ministro do Marco Aurélio Mello, Supremo Tribunal Federal (STF), que obrigou a Casa a instalar comissão para analisar denúncia de crime de responsabilidade contra o vice-presidente da República.

Cunha recorreu da resolução e aguarda votação do plenário do STF para posição definitiva. Contrariado com a ordenação de Mello, ele ainda não fez a leitura da criação do colegiado.

Em defesa, o presidente da Câmara argumenta que não pode instalar a comissão sem que os líderes façam as indicações dos participantes.

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