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Ao votar no Rio, Paes ataca Crivella: "prefeito destruiu a cidade"

O primeiro colocado nas pesquisas evitou comentar diretamente um eventual apoio do presidente Jair Bolsonaro a seu nome no segundo turno

Paes: "Não me deprimo com pesquisa ruim, nem me animo com pesquisa boa" (Sergio Moraes/Reuters)

Paes: "Não me deprimo com pesquisa ruim, nem me animo com pesquisa boa" (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 11h30.

Líder disparado nas pesquisas às eleições municipais do Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) votou no Gávea Golf Clube, em São Conrado, na manhã deste domingo, 15. Paes afirmou estar otimista e atacou o atual prefeito e seu potencial adversário no segundo turno das eleições cariocas, Marcelo Crivella.

"Não me deprimo com pesquisa ruim, nem me animo com pesquisa boa. Mas óbvio que a pesquisa da véspera da eleição traz um sinal positivo", afirmou. "A gente só vai falar de um eventual segundo turno se houver segundo turno", disse.

O candidato chegou por volta das 10h25, após ter acompanhado o filho Bernardo em seu primeiro voto. Além do filho, estavam ao lado do candidato a mulher Cristine e a filha Isabela. Paes votou em cinco minutos e, ao falar com a imprensa, agradeceu a população, pediu consciência no voto e disse que vai aguardar o resultado das urnas em casa com a família.

"Hoje é o momento em que a população vem soberana para as urnas e decide quem vai ser o futuro prefeito da cidade. O que eu tenho repetido é isso: o Rio não pode mais arriscar. Infelizmente a cidade escolheu um prefeito que nos últimos anos destruiu a nossa cidade, então a gente precisa ir com muita consciência para as urnas", disse Paes, pedindo que os eleitores não permitam que "pessoas despreparadas ou farsantes governem a cidade".

O primeiro colocado nas pesquisas evitou comentar diretamente um eventual apoio do presidente Jair Bolsonaro a seu nome no segundo turno.

"Essa eleição é para discutir o Rio de Janeiro. Tá muito claro que o Bolsonaro apoia o Crivella, que o Lula apoia a Benedita, que o Ciro apoia a Martha, a Marina apoia o Bandeira (de Mello). E eu quero tratar do Rio", disse. "Fico sempre atrás do voto de todo mundo. Quero que todos os eleitores do Rio votem em mim", desviou ao ser questionado se a vinculação com Bolsonaro poderia atrapalhar.

Na semana anterior ao primeiro turno, Paes criticou a estratégia dos oponentes de na reta final da campanha "apelar para seus padrinhos". "Não podemos deixar que nossa cidade seja plataforma de padrinho político candidato à presidência em 2022", postou em uma rede social.

As últimas pesquisas realizadas na véspera da eleição carioca mostraram Paes em primeiro lugar, com ampla vantagem em relação aos seus principais concorrentes. Na pesquisa Datafolha o ex-prefeito teve 40% dos votos válidos, ante 18% do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), 13% da Delegada Martha Rocha (PDT) e 10% de Benedita da Silva (PT). Já a pesquisa Ibope, contratada pela TV Globo, mostrou Eduardo Paes com 41% dos votos válidos, ante 16% de Crivella e 13% de Benedita da Silva. Já a Delegada Martha Rocha (PDT) teve 11%.

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