O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega do relatório final da transição de governo e anúncio de novos ministros. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da redação, com agências
Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 19h08.
Última atualização em 9 de janeiro de 2023 às 19h11.
Nesta segunda-feira, 9, um dia após os atos terroristas em Brasília e a invasão da sede dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou uma reunião com os governadores de todos os estados brasileiros para um ato de desagravo aos ataques antidemocráticos.
A sede do Supremo Tribunal Federal (STF) passa hoje por trabalho de perícia da Polícia Federal. Agentes estão analisando os estragos causados pelos atos terroristas ocorridos ontem, 8, no prédio, que abriga o plenário e a presidência da Corte.
Em seguida à reunião de Lula, a Câmara dos Deputados se reúne nesta segunda-feira, às 20h30 para analisar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assinado neste domingo pelo presidente da República. A sessão será remota.
Nesta manhã, os equipamentos do Plenário foram periciados e se encontram em perfeito estado. A Casa volta à normalidade. O Plenário não chegou a ser invadido. Um grupo de radicais conseguiu entrar nas galerias e na tribuna de honra, quebrando um painel de vidro que caiu no Plenário e danificou uma mesa de votação, que já foi consertada.
O pedido do presidente da República vai a votação para ser ratificado, ou seja, não haverá possibilidade de emendas ou outras alterações no texto. A proposta tramita em caráter de urgência e será relatada por um deputado a ser designado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. Se for aprovado, o pedido de intervenção segue para a análise do Senado Federal.
A votação ocorre após ato convocatório do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que acionou a convocação extraordinária do Congresso Nacional durante o prazo necessário para analisar o decreto do Executivo. Reunidos nesta manhã, os presidentes dos três Poderes também divulgaram nota em defesa da Democracia contra os atos golpistas.
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