Brasil

Ao lado de Cunha e Renan, Janot destaca sucesso da Lava Jato

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exaltou o sucesso da operação Lava Jato ao discursar na abertura do ano do Judiciário no STF

Rodrigo Janot (E),  Eduardo Cunha, José Eduardo Cardozo, Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros no STF (Dorivan Marinho /SCO/STF/Fotos Públicas)

Rodrigo Janot (E), Eduardo Cunha, José Eduardo Cardozo, Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros no STF (Dorivan Marinho /SCO/STF/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 15h36.

Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exaltou nesta segunda-feira o sucesso da operação Lava Jato ao discursar na abertura do ano do Judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF) em cerimônia com a presença dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos investigados pela operação.

"Os poderes político, econômico e os setores da sociedade civil hão de entender que o país adentrou em nova fase, da qual os holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observância estrita do ordenamento jurídico. É isso que a sociedade espera do Ministério Público", afirmou Janot, após enumerar dados da Lava Jato como 119 mandados de prisão cumpridos, 40 acordos de delação premiada e 5 acordo de leniência.

"Até o momento são 80 condenações, contabilizando 783 anos e 2 meses de pena", acrescentou.

Segundo Janot, os crimes denunciados até o momento envolvem o pagamento de propina de 6,4 bilhões de reais, dos quais 2,8 bilhões foram recuperados por meio de acordos de colaboração e 659 milhões foram repatriados. Também já foram bloqueados 2,4 bilhões de reais em bens dos réus, afirmou.

Janot também rebateu os críticos da Lava Jato, dizendo que "enganam-se de forma propositada e interpretam de forma distorcida aqueles que questionam" o cerne das investigações. "Da mesma forma que elementos podem conduzir nossa atuação ao oferecimento de denúncia, igualmente levam-nos a querer o arquivamento. A autonomia e a imparcialidade da Justiça e do Ministério Público opõem-se a qualquer tipo de autoritarismo, de caráter político, ideológico ou econômico", afirmou.

O procurador-geral fez o discurso lado a lado com Cunha, que é alvo de um pedido de afastamento da presidência da Câmara e de seu mandato parlamentar em decorrência dos inquéritos no âmbito da Lava Jato.

O deputado foi denunciado pela PGR por suspeita de ter recebido 5 milhões de dólares em propina no esquema de corrupção na Petrobras. Também é alvo de inquérito que apura a existência de contas bancárias no exterior no nome dele e de familiares.

Após Janot discursar, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, elogiou a fala do procurador-geral, dizendo que ficará marcada na história da corte.

Também estava presente à cerimônia, representando a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que já foi criticado por Cunha por supostamente não coibir vazamentos de informações sigilosas envolvendo o deputado. Cunha, Cardozo e Renan não discursaram na cerimônia.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CamposGovernadoresOperação Lava JatoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRenan CalheirosRodrigo JanotSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso