Candidata do PSB, Marina Silva, se prepara par ao debate no estúdio da Band, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 22h12.
São Paulo - Os três principais candidatos à Presidência da República relativizaram o resultado da primeira pesquisa Ibope após a oficialização de Marina Silva como candidata do PSB, divulgada nesta terça-feira.
A pesquisa coloca Marina em segundo lugar nas intenções de votos em primeiro turno, próxima da líder Dilma Rousseff (PT), e como vitoriosa em um eventual segundo turno contra a presidente que busca a reeleição.
O candidato do PSDB, Aécio Neves, que aparece 10 pontos percentuais atrás de Marina Silva e fora de um eventual segundo turno, disse que a pesquisa reflete o momento de comoção nacional pela morte do ex-governador Eduardo Campos, que era o candidato do PSB, em um acidente de avião no último dia 13.
"É uma pesquisa feita depois de grande comoção que tomou conta do Brasil, eu tenho absoluta confiança na nossa proposta", disse Aécio ao chegar para o primeiro debate entre candidatos à Presidência, realizada pela TV Band, em São Paulo.
"A pesquisa que vale, que é a de 5 de outubro, eu estou confiante que vamos estar na frente", disse o candidato tucano.
O levantamento, realizado entre os dias 23 e 25 de agosto, mostra a presidente Dilma Rousseff com 34 por cento das intenções de voto, seguida de perto por Marina, com 29 por cento, e Aécio com 19 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Nas simulações de segundo turno no novo levantamento, Marina derrotaria Dilma por 45 a 36 por cento, enquanto a petista venceria o tucano por 41 a 35 por cento. Na pesquisa anterior, Dilma venceria Aécio por 42 a 36 por cento e Campos por 41 a 29 por cento.
"A pesquisa é um retrato do momento e nós estamos iniciando a campanha", disse a presidente Dilma ao chegar para o debate, sem fazer comentários adicionais sobre os números do Ibope.
A candidata Marina Silva também tentou minimizar o resultado da pesquisa, que a coloca em vantagem no segundo turno. "As eleições não se resolvem em função das informações que a gente obtém nas pesquisas. Elas são importantes porque refletem a realidade de um determinado momento."