As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e envolvem riscos à saúde pública. (iStock/Thinkstock)
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Publicado em 21 de outubro de 2025 às 15h31.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira, 20, a suspensão de 13 lotes do sal do Himalaia da marca Kinino e a proibição de dois outros produtos: o Azeite Extra Virgem Ouro Negro e o chamado Chá do Milagre.
As decisões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e envolvem riscos à saúde pública e descumprimento de normas sanitárias.
Os 13 lotes do sal do Himalaia moído de 500 g da marca Kinino foram suspensos após análises identificarem baixo teor de iodo, abaixo do exigido pela legislação.
A empresa H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios iniciou o recolhimento voluntário, reconhecendo as inconformidades.
"O iodo é um mineral que deve ser adicionado ao sal de cozinha com o propósito de prevenir a deficiência desse elemento no organismo, e que pode levar ao bócio (aumento da tireoide), além de ocasionar vários problemas no desenvolvimento do feto durante a gestação, dentre outros", destacou a agência em comunicado.
Os lotes afetados têm validade até março de 2027.
A agência também determinou a apreensão de todos os lotes do Azeite Extra Virgem Ouro Negro, proibindo sua venda e consumo no Brasil.
O produto foi classificado como irregular pelo Ministério da Agricultura devido à origem desconhecida. Além disso, foi analisado que a empresa importadora possui CNPJ inativo na Receita Federal.
Conhecido como Chá do Milagre, Pó do Milagre ou Pozinho do Milagre, o produto teve a comercialização suspensa porque sua composição, classificação e fabricante são desconhecidos.
Além disso, a Anvisa identificou que o produto era promovido em redes sociais com alegações de emagrecimento, tratamento de ansiedade, insônia e prevenção de câncer, propagandas proibidas por lei para alimentos e chás.
"Outra irregularidade constatada foi a divulgação do chá no Facebook e no Instagram, indicando o produto com finalidade medicinal. Os anúncios associam o seu uso a benefícios terapêuticos, como emagrecimento, tratamento da ansiedade e da insônia, prevenção de câncer, estimulante sexual etc. Esta prática não é permitida para alimentos e chás", enfatiza o comunicado.