Repórter
Publicado em 17 de setembro de 2025 às 16h58.
Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 17h32.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira, 17, o recolhimento do medicamento furosemida, do lote 2411191, com validade até 30/11/2026, fabricado pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda.
Em consequência, a comercialização, a distribuição e o uso de todos os produtos deste lote foram suspensos. O medicamento furosemida é conhecido por sua ação diurética, ou seja, ele auxilia na eliminação de líquidos do organismo por meio da urina.
A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União e tomada após a detecção de material estranho no produto, com aparência de fragmento de vidro.
De acordo com o documento, a Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul (SC) identificou o problema no dia 14 de julho de 2025, emitindo um parecer técnico acompanhado de registros fotográficos. O desvio de qualidade levou à adoção da medida preventiva de recolhimento imediato do lote 24111911, com validade até novembro de 2026.
"Um parecer emitido pela Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul (SC) constatou o desvio de qualidade", alerta a Anvisa.
O medicamento afetado é a furosemida injetável 10 mg/ml, comercializada em caixas com 100 ampolas de 2 ml. Esse diurético é muito utilizado em hospitais e clínicas para tratar edemas, insuficiência cardíaca, hipertensão e outras condições que necessitam da eliminação de líquidos pelo corpo.
Procurada pela EXAME, a Hypofarma afirmou que cumpriu a determinação da Anvisa até que o problema seja resolvido. A empresa também reforçou que segue rigorosamente padrões de controle e qualidade sobre seus produtos. Veja a íntegra da nota a seguir:
"A Hypofarma informa que, em resposta a determinação da ANVISA, suspendeu o uso do lote específico (24111911,) do nosso produto Furosemida, até que a apuração sobre o ocorrido seja finalizada.
Reforçamos que seguimos rigorosamente as melhores práticas de fabricação e controle, adotando elevados padrões de qualidade e segurança. Esses processos são constantemente revisados e aprimorados, com o compromisso de garantir a confiança e a tranquilidade de pacientes, profissionais de saúde e da sociedade".
Caso tenha o lote afetado, a Anvisa orienta que profissionais de saúde ou pacientes que identificarem o produto informem a agência, por meio dos Canais de Atendimento, ou a Vigilância Sanitária (Visa) local, utilizando os meios de contato disponíveis no portal da Anvisa.
Pacientes e profissionais que possuam unidades do lote afetado devem interromper imediatamente o uso e entrar em contato com a farmácia ou distribuidora para a devolução. A Anvisa recomenda que hospitais e clínicas reforcem seus controles internos para evitar a utilização do medicamento recolhido