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Anvisa rejeita pedido de uso emergencial de medicamento contra covid-19

O remédio "não atende às expectativas da agência quanto aos requisitos mínimos de segurança e eficácia no contexto do uso emergencial", disse a Anvisa em nota

Vista da sede da Anvisa em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vista da sede da Anvisa em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2021 às 17h13.

Última atualização em 22 de junho de 2021 às 17h50.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou nesta terça-feira pedido de autorização para uso emergencial no Brasil do medicamento Avifavir contra a covid-19, apontando que as limitações, incertezas e riscos da aprovação do remédio superam os benefícios no tratamento de pacientes.

De acordo com o voto da diretora Meiruze Freitas, relatora do pedido apresentado pelo Instituto Vital Brazil para uso no país do medicamento desenvolvido por duas empresas russas, o remédio "não atende às expectativas da agência quanto aos requisitos mínimos de segurança e eficácia no contexto do uso emergencial", disse a Anvisa em nota.

"A Anvisa continua comprometida com o avanço da saúde pública do país durante esta pandemia sem precedentes. A agência deve usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes o mais rápido possível. Entretanto, não se pode autorizar o uso de um medicamento que não demonstrou benefício clínico no tratamento da Covid-19 e ainda pode resultar em riscos à saúde dos pacientes", afirmou a diretora relatora, segundo comunicado da Anvisa.

De acordo com a Anvisa, nenhuma autoridade regulatória no mundo aprovou o Avifavir para o tratamento da Covid-19, e o insumo farmacêutico ativo (IFA) do medicamento ainda não foi registrado no Brasil.

Até o momento, o Brasil já aprovou para tratamento de Covid-19 o fármaco remdesivir e duas associações de anticorpos monoclonais, formadas pelo casirivimabe com o imdevimabe e pelo banlanivimabe com o etesevimabe.

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